[Resenha de Tinta] A Herdeira


O Ministério dos Blogueiros e o Mundo de Tinta advertem: Essa resenha está cheia de spoilers sobre personagens antigos.Se você ainda não leu a série não recomendamos a leitura, afinal vai ser impossível não contar as notícias e novidades dos vintes anos da última Seleção.                         
A Seleção #4
Autor:Kiera Cass
 Edição: 1
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765657
Ano: 2015
Páginas: 361
Sinopse:A Herdeira - No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.

Olá Pessoal,

"Eu vou desdizer tudo o que eu já disse antes.Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."

Esse verso não é sobre A Herdeira, é sobre mim. A pouquíssimo tempo eu escrevi um Papo de Tinta falando sobre séries estendidas, que eu estava cansada disso e inclusive citei a série A Seleção.
E é verdade. quando anunciaram esse livro, eu fiquei decepcionada. Não acho que a série mereceria continuação. O Felizes para Sempre de Maxxon e América me bastaram. Não via sentido.
Mas essa semana foi o lançamento. E a curiosidade matou o gata (não eu claro, outra gata, claro#momentomeacho) corri na Amazon e adquiri o livro, afinal eu amo Iléa.
Preparados para saberem o que eu achei?
Segurem suas tiaras e me acompanhem nessa resenha.

#Resenha

Salve, Salve Povo de Iléa
Está começando mais uma Seleção.
Dessa vez, 35 participantes irão disputar o coração da Princesa Eadlyn,a herdeira do trono de Iléa..
Quem ganhará?
Então, se passaram 20 anos desde a Seleção que uniu Maxxon e America. Nesse período muita coisa mudou em Iléa, a começar pelo sistema de castas, que foi abolido. As pessoas não são mais definidas por números.
A segunda grande mudança é com relação a hereditariedade do trono. Antes, só os homens herdavam o trono mas como Eadlyn é a primogênita, pois nasceu 7 minutos antes do seu irmão gêmeo, Maxxon e América não acharam justo que  não fosse ela a herdeira do trono e por isso mudaram a lei.
Assim, Eadlyn foi criada como a sucessora.
Muito trabalho, muita responsabilidade e talvez muita permissividade dos pais, a transformaram em uma princesa extremamente arrogante e grossa. Determinada também, mas sobretudo soberba.
Como ela mesmo diz:
"Eu sou a herdeira do trono, ninguém é mais poderosa que eu."
Só que apesar do bom governo de Maxxon, nem tudo são flores no reino. Mesmo com o fim do sistema de castas, a população ainda se comporta como se ela ainda existisse. Patrões não contratam empregados de determinados números, não promovem determinadas castas e revoluções estão eclodindo em várias partes do reino.
Então para "abafar" essas pequenas revoluções e distrair o povo, Maxxon e América pensam em uma nova Seleção, formula antiga que sempre ajudou os  reis a contornarem os problemas.
O problema é que a Princesa acha isso uma ideia antiquada e não quer se submeter a isso. Casar não está nos planos dela e muito menos nos moldes de encontrar rapazes que nunca viu e entre eles encontrar um "amor".
Depois de muita conversa e convencimento, Eadlyn aceita então que uma Seleção seja feita, mas com uma condição: Se ela não se apaixonar por ninguém em 3 meses, ela cancelará  a Seleção. E ela tem vários planos para que isso tudo não dê certo...
“- Isso quer dizer que tenho opção?Papai respirou fundo, pensativo, antes de falar:- Bem meu amor, na verdade você terá trinta e cinco opções.”
E assim começa mais uma Seleção.
Eu gosto bastante da escrita da Kiera, então não foi a toa que larguei o que estava lendo para me dedicar a A Herdeira, o que eu não contava era com a possibilidade de odiar a protagonista. Sério! se eu queria dar uns tapas na América  em toda trilogia de a Seleção, minha vontade nesse livro era adentra-lo e surrar a Eadlyn.
Ela é soberba, ela é  posuda, manipuladora, vil, mesquinha. Me lembra muito uma personagem do filme da Barbie, que minha afilhada assiste, Malucia, cujo o bordão é : Eu quero tudo, eu quero já, não me diga não, me diga tá".

Fiquei muito decepcionada com a rainha América. Se antes ela tinha uma personalidade forte, agora  ela é simplesmente um cordeirinho com a filha. Cadê aquele arroubo da juventude? Porque nunca colocou a menina no seu lugar? América está parecida com a rainha Amber, com uma personalidade doce e gentil.
Maxxon não fica atrás. Aos 45 anos, cansou de ser Rei?!!!!!!! e quer mais é passar o reinado para a filha.
Me decepcionou muito Eadlyn ter as caractéristicas do avô, ao invés da dos pais.
Mas nem tudo é ruim no reino de Iléa. O casal tem outros três filhos, Ahren o gêmeo de Eadlyn, um gentleman, um principe realmente. Kaden, o adolescente erudito e Osten, o pequeno. Eles são ótimos.
Muito bom foi rever também o agora General Leger, Aspen, e sua amada Lucy e Maureen que tem dois filhos, a iludida que se acha da familia real, e Kile.
Kile é o oposto da irmã, é do tipo: - "Tô" nem aí se moro em um castelo com a família real. Quero me mandar daqui e viver a vida.
Então, depois das notícias sobre nossos queridos, vamos a Seleção:
A bruxinha, opa, Princesinha já começa causando um rebuliço. No dia seguinte a apresentação, ela simplesmente corta 1/3 dos pretendentes  com um tapinha no ombro e um aceno para a porta! Sendo tudo transmitido ao vivo. Ela não faz a menor questão de conviver com os pretendentes  e marca encontros obrigatórios.
Mesmo assim, alguns pretendentes se destacam: Kile, é o filho de Maureen, que aparece na Seleção, por mágica (ou talvez tenha sido sua infantil irmã, suposições), Ean que oferece a Eadlyn, o que ela quer, um casamento de fachada, Henry um norueguês que não fala inglês, Erik seu tradutor que não é um dos selecionados, e Hale, o músico.
Eu acho que ficou meio óbvio quem ganhará a Seleção, mesmo eu shippando muito um outro "pretendente", apesar de quê  Kiera é capaz de destruir todas as impressões que eu possa vir a ter, já que no final de a Escolha, ela conseguiu fazer eu duvidar que América fosse ser a escolhida.
Falando em Kiera, mesmo eu odiando inicialmente a protagonista e achando muito estranho ver a Seleção pelos olhos do selecionador, eu reconheço que ela é mestre.
A escrita dela é brilhante. Ela é capaz de tornar o texto viciante, a ponto de eu ter lido de uma "sentada" (deitada) só, mesmo não gostando da protagonista e torcendo que ela se desse mal, (sim, sou dessas!)
São surpresas e emoções que tiram o fôlego, mesmo em uma seleção monótona e fria; Todos os personagens que não são poucos, guardam um segredo, uma história para contar.
E aos poucos, com a armadura de Eadlyn rachando você vai se afeiçoando, veja bem, afeiçoando, não gostando da personagem. Essa reviravolta custosa, dá um brilho especial ao volume.
O problema é que nem todo mundo vê essas rachaduras. É óbvio que ao transmitir a Seleção, a personalidade fria de Eadlyn aparece e isso não agrada ao povo, que está cada vez mais tenso e causando revoltas maiores, e isso causa um problema até talvez no futuro da monarquia de Iléa.
De ruim, fica apenas a ansiedade pelo novo livro. já que esse é apenas introdutório a verdadeira história, pois ele abarca apenas duas semanas de Seleção. E se ele já é um revival de emoções imaginem o segundo. Isso sem contar o final.
Preciso dizer que o final desse volume me arrancou lágrimas. Eu li todos os livros da série, inclusive os contos  e sei que Kiera pode ser má. E o final é tão tenso, que eu nem quero acreditar no que vem pela frente. Eu espero que ela não me surpreenda negativamente.
No momento em que terminei o livro só me restou gritar de frustração e esperar pelo próximo, porque sim, eu vou lê-lo com certeza.

Depois disso tudo eu preciso dizer que Valeu! Mesmo eu criticando a extensão da série, mesmo eu achando que não havia mais nada a mostrar, Kiera conseguiu me surpreender de maneira que nunca supus. Ponto para ela.

Espero que tenha gostado,
Um beijo,

2 comentários

  1. Olá; quando saiu a notícia que a trilogia teria continuação, também fiquei achando que era só pra "vender livro". Mas depois, achei bem interessante a ideia de a seleção mudar, ao invés do príncipe, a princesa escolher. Pela sua resenha, fiquei morrendo de vontade de ler o livro e até tenho uma pequena suspeita sobre quem ela vai escolher.

    petalasdeliberdade.blogspot.com

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  2. Nossa,preciso desse livro! Estava esperando uma coisa totalmente diferente do que li aí em cima! Mas lendo essa resenha fiquei mais curiosa ainda, e feliz por saber que haverá continuação. :)

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Agradecemos pelo comentário!