[Resenha de Tinta] Menina Morta-Viva

Autor: Elizabeth Scott
Tradutor(a): Ronaldo Passarinho
Número de páginas: 169
Editora: Underworld
Ano: 2011
ISBN: 9788564025134
Nota: 4/5

Sinopse: Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu. Era uma vez, o meu nome não era Alice. Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte. Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse. Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela. Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.

Resenha:

     Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que esse não é um livro pra qualquer um ler.    Recomendaria apenas para maiores de idade, e mesmo assim não são todos os que deveriam ler. É um livro forte, cuja história pode muito bem ser de milhares de garotinhas pelo mundo.
     É um bom livro, apesar de tudo. Peguei o livro ciente do que se tratava, mas mesmo assim consegui me chocar com a história, sem contar que passei praticamente o livro todo com raiva da personagem principal, mas acho que isso se deve ao fato de realmente existirem pessoas que pensam como ela. É um livro real e passei dias a fio criando coragem para escrever a resenha, porque ele desceu rasgando pela minha garganta, me deixando horrorizada durante algum tempo.
     Alice, que não é Alice, foi sequestrada no meio de um passeio com a escola por um homem chamado Ray, que é um pedófilo, apesar de não se reconhecer como tal.
“ ‘Te amo’, ele diz, antes de cair no sono. Sinto tanta fome que minha cabeça dói, me deixando lerda, e ele belisca minha coxa, com força.
‘Te amo também’, eu digo, mas é tarde demais, e ele me pressiona contra a cama, a respiração arfante e pesada.
‘Prove para mim’, ele diz. ‘Prove’.
E eu provo.”
     Hoje Alice tem 15 anos, mede 1,75 e pesa 45kg. Todos acham que há algo de errado com a garotinha que mora com o pai e estuda em casa, mas ninguém consegue perceber o que realmente acontece porque o pai é muito charmoso e parece muito preocupado com a saúde da filha. Inclusive, ele mesmo tem essa imagem de si próprio, como um ótimo ‘pai’. Diz que Alice é sortuda por tê-lo, e que ele a ama demais e que nunca a machucaria.
     Alice passa a maior parte dos dias dentro de casa, assistindo a programas de auditório, esperando pela volta de Ray. As vezes pensa em fugir, mas sabe que caso faça isso, Ray matará toda a sua família. Ela permanece calada, como uma boa menina, sofrendo para que seus pais permaneçam vivos.              
“Abro meus olhos, vejo uma garota inteiramente preta e azul, com sangue seco ao longo de suas coxas. Manchas marrons avermelhadas sobre os lugares sem pelos. É assim que eu nasci. Despida, sem pelos, coberta de sangue como todos os bebês. Nomeada, banhada e depois levada para o mundo.”
     A antiga Alice tinha 15 anos quando foi descartada por Ray, e desde que a atual Alice completou a mesma idade, vive com a espectativa da morte. Será hoje? Amanhã? Se ela continuar a ser uma boa menina, ele vai matá-la?
     Quando uma série de novos fatores aparece e Ray começa a fazer planos, Alice vê uma chance de escapar. Será que ela conseguirá fugir? E sua família?
     Sei que a resenha está abaixo do padrão, mas mesmo assim não sei mais o que escrever. É muito difícil para mim tentar por em palavras toda a mescla de sentimentos que o livro trás. Peço desculpas por isso, mas recomendo que leiam, quem ‘tiver a coragem’. Depois de lerem, perceberão o que quis dizer.
                                                                              “A culpa é toda nossa. Sempre.”


5 comentários

  1. Nossa Fernanda, que tenso... ^^
    Quero não... rsrsrs...

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  2. Oi, querida. Tudo bem?
    Eu fiquei completamente LOUCA pra ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade.
    Lindo blog.

    Beijos,
    Marinah Gattuso

    Blog: http://marinahgattuso.blogspot.com

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  3. Nossa,que tenso!
    Mesmo assim eu quero ler esse livro.

    Beijos!
    by Carla

    www.blogmeureino.blogspot.com

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