[Resenha de Tinta] A sombra do vento


Título Original: La sombra Del viento
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Tradução: Marcia Ribas
Número de Páginas: 399
Editora: Suma de letras
ISBN: 9788560280094
Ano: 2007
Nota: 10/10

Sinopse: A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.

Resenha: 
Estou apaixonada pelo jeito de escrever do Zafón, mas não sei como resenhar o livro. É tanto mistério e suspense que acabei interrompendo a leitura algumas vezes devido à aflição que a história me dava. O livro conseguiu fazer meu coração bater mais forte e sofrer pelo pobre Daniel. As vezes nem parece que ele é só um garoto.
            Ainda sobre o jeito de escrever do Zafón, acho que Machado de Assis reencarnou na Espanha. Quando li Marina, comparei a personagem com a Capitu. Agora lendo A sombra do Vento, quando conheci Beatriz Aguillar revi Capitu novamente! E Marina e Beatriz não são exatamente parecidas, mas ambas me lembram a menina dos olhos oblíquos. Eu não entendo, alguém que tenha lido pode tentar explicar?
             A história que gira em torno do rapaz Daniel e um misterioso livro chamado A sombra do Vento e seu mais desconhecido autor Julián Caraxse passa na Barcelona do pós Guerra. Uma das coisas mais interessantes é a evolução do personagem Fermín de pedinte para detetive de livros. Um romance tocante e incrível.
            Foi triste me despedir do Fermin, não queria parar de ler. Tudo bem porque há uma continuação chamada O prisioneiro do céu, cujo foco é justamente esse personagem tão cativante. Só parar aproveitar ao máximo a leitura, antes eu vou ter que ler O jogo do Anjo que conta a história dos pais de Daniel. Como se eu precisasse mesmo de incentivo para ler outro livro do Zafón XD
            A resenha acabou, se quiser ver quotes que separei durante a leitura:
“Nos meus sonhos sempre seriamos dois fugitivos cavalgando na lombada de um livro, disposto a fugir por mundos de ficção e de sonhos de segunda mão.”
“Exército, casamento, igreja e banco: os quatro cavaleiros do apocalipse. Sim, sim, pode rir.”
“Eu, que nunca estava seguro nem de que horas eram, concordei com a convicção do ignorante.”
“De livros malditos, do homem que os escreveu, de um personagem que fugiu das páginas de um romance para queimá-lo, de uma traição e de uma amizade perdida. É uma história de amor, de ódio e dos sonhos que moram na sombra do vento.”
 “Eu não estou rindo. Estou morrendo de medo. Mas é que estou alegre por ver você.”
“ – Você está apaixonado – murmurou ele emocionado, dando um tapinha nas minhas costas. – Coitadinho.”
“Para mim, [ela] tinha a consistência e a credibilidade de uma alucinação: não questionamos sua veracidade, simplesmente a seguimos até ela se desvanecer ou nos destruir.” 
 Esse livro foi cortesia do Grupo Livro Viajante, do Skoob 


Um comentário

  1. Oi Agatha!

    Eu também adoro Zafón, e foi por causa desse livro. também me apaixonei imensamente por Daniel e Fermín, e queria muito ler os livros do Julian Carax :)

    Sabe que eu nem tinha pensado que a Marina é como a Capitu? Mas é verdade, ambas (e a Beatriz também) são meio manipuladoras e dissimuladas.

    Beijos!

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