O Ministério dos Blogueiros e o Mundo de Tinta advertem: Essa resenha contém apenas a opinião de sua autora, não de toda a equipe.
Título Original: This Charming Man
Autor: Marian Keyes
Tradução: Maria Clara Mattos
Número de Páginas: 784
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528614671
Ano: 2010
Nota: 05/10
Sinopse: Como todo fim de ano, chega em novembro às livrarias mais uma aventura da sensacional Marian Keys. Quatro mulheres diferentes. Um homem terrivelmente sedutor. E o segredo sombrio que conecta a todos. Esse é Cheio de Charme. A estilista Lola tem todos os motivos para chocar-se com a notícia do casamento: apesar de ser a namorada do cara, ela não é, definitivamente, a noiva. Já a jornalista Grace conheceu Paddy há muito tempo, mas por algum motivo não consegue esquecê-lo. Marnie, casada e com filhos, não tira da cabeça o político conquistador, seu amor adolescente. E Alicia, a noiva, fará de tudo para preservar seu reinado.
Resenha:
Enquanto lia ‘Cheio de Charme’ pensava em todas as maneiras possíveis de começar essa resenha, mas o que eu preciso muito dizer é: nunca mais chego perto dos livros dessa autora.
Começando de verdade...
Ao ler a dedicatória eu pensei: ‘Nossa, vou me acabar de rir lendo esse livro’
“Para Caitríona Keys, a pessoa mais engraçada que conheço.”
Depois das primeiras páginas eu pensei: ‘Desastre, desastre!’
Se esse fosse o primeiro Chick-lit que eu tivesse lido nunca mais eu leria nenhum, porque se isso é Chick-Lit então não faz meu tipo. Seria que nem funk, se eu for obrigada a ouvir, prefiro surdez momentânea.
Em Cheio de Charme a autora trata de alcoolismo, violência doméstica, cross-dresser, politicagem, traição, câncer de pulmão e de mama, depressão... temas BEM pesados. Até aí tudo bem, são itens da sociedade e ela tratou tudo com a seriedade necessária. Só que isso não bate com o conceito que eu tenho de Chick-lit. (e quem é você, Srta Agatha Borboleta para falar de Chick-Lit?? Reposta: NINGUÉM, só que por todas as definições que eu achei uma das obrigações do Chick-Lit é fazer rir, assim como a do gênero terror é Assustar.)
Segundo o blog Lost in Chick-lit:
Se esse fosse o primeiro Chick-lit que eu tivesse lido nunca mais eu leria nenhum, porque se isso é Chick-Lit então não faz meu tipo. Seria que nem funk, se eu for obrigada a ouvir, prefiro surdez momentânea.
Em Cheio de Charme a autora trata de alcoolismo, violência doméstica, cross-dresser, politicagem, traição, câncer de pulmão e de mama, depressão... temas BEM pesados. Até aí tudo bem, são itens da sociedade e ela tratou tudo com a seriedade necessária. Só que isso não bate com o conceito que eu tenho de Chick-lit. (e quem é você, Srta Agatha Borboleta para falar de Chick-Lit?? Reposta: NINGUÉM, só que por todas as definições que eu achei uma das obrigações do Chick-Lit é fazer rir, assim como a do gênero terror é Assustar.)
Segundo o blog Lost in Chick-lit:
“Chick-Lits são romances leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna, independente, culta e audaciosa. É um gênero que faz parte da literatura voltada para o entretenimento, cujo objetivo principal é divertir.”
A história não é ruim, e obviamente a autora fez uma boa pesquisa para basear seus personagens. Eles são bens construídos (menos o Paddy de Courcy) e os diálogos não são ruins. Se tivesse sido dito: é um drama, ainda seria ruim, porque eu não cheguei nem perto de querer chorar (tudo bem que tenho o coração de gelo, mas nem tanto, basta ver o post ‘Livros e Lágrimas’, alguns livros já me fizeram chorar).
O livro se chama Cheio de CHARME e eu ainda estou procurando o Charme porque o Cheio eu já achei, são as 784 páginas que me deixaram de saco cheio.
Sobre os personagens principais: são 5, Grace Gildee, Alicia Thornton, Fionnola ‘Lola’ Dale, Marnie Hunter e Paddy de Courcy. Sendo que as meninas narram a história que gira em torno do Paddy.
Sobre os personagens principais: são 5, Grace Gildee, Alicia Thornton, Fionnola ‘Lola’ Dale, Marnie Hunter e Paddy de Courcy. Sendo que as meninas narram a história que gira em torno do Paddy.
Lola: “uma garota linda, estatura mediana, superfeminina, cabelo castanho bem cortado, com um pouco de roxo...
- Bordô, por favor!”
Ex-namorada de Paddy quando ele anunciou o noivado com Alicia. Passou as primeiras 35 páginas gemendo e chorando por ter sido largada. Após isso, paraceia que as coisas iam melhorar mas para meu eterno desespero, ela continuou muiiitas páginas chorando ainda. Cada vez que ela descrevia o Paddy eu me contorcia e sentia vontade de vomitar, ele é nojento! E olha que a parte da Lola é narrada em PRIMEIRA PESSOA! Então eu estava com raiva do cara que ela supostamente amava e mesmo assim ela não me convenceu que ele valia minimamente a pena.
- Bordô, por favor!”
Ex-namorada de Paddy quando ele anunciou o noivado com Alicia. Passou as primeiras 35 páginas gemendo e chorando por ter sido largada. Após isso, paraceia que as coisas iam melhorar mas para meu eterno desespero, ela continuou muiiitas páginas chorando ainda. Cada vez que ela descrevia o Paddy eu me contorcia e sentia vontade de vomitar, ele é nojento! E olha que a parte da Lola é narrada em PRIMEIRA PESSOA! Então eu estava com raiva do cara que ela supostamente amava e mesmo assim ela não me convenceu que ele valia minimamente a pena.
Grace: “Uma mulher alta, de jeans, botas, capuz, cabelo louro, curto e espetado. Encostada na grade, fumando.”
Jornalista, mora com Damien (também jornalista, mas de outro jornal). No começo achei que ela tinha a cabeça no lugar, depois vi que não. Fumante absoluta, obrigou-se (e ao marido) a largar o vicio depois que a tia descobriu que estava com Câncer de pulmão. Eu ODEIO cigarro, então imagine como me senti lendo a seguinte cena:
Ah, ela também narrava em 1º pessoa e me fez pensar pior ainda de Paddy.
Jornalista, mora com Damien (também jornalista, mas de outro jornal). No começo achei que ela tinha a cabeça no lugar, depois vi que não. Fumante absoluta, obrigou-se (e ao marido) a largar o vicio depois que a tia descobriu que estava com Câncer de pulmão. Eu ODEIO cigarro, então imagine como me senti lendo a seguinte cena:
“Ele estava olhando para a televisão. Um caminhão enorme, com um carregamento de cigarros, tinha sido sequestrado. Dois ladrões enxotaram o motorista e aceleraram, em direção ao norte, sem dúvida às gargalhadas.
- Podia ter sido a gente - disse Damien, a expressão nítida de alguém louco para fumar. - Um carregamento inteiro. Depois de ter certeza de que não estávamos mais sendo seguidos por ninguém, a gente podia parar no acostamento, entrar na caçamba e fumar até enjoar.
- A gente ia poder abrir centenas de pacotes... - gemi.
- ... e jogar milhares de cigarros para o alto, deixar chover cigarros em cima da gente...
- ... acender um monte e fumar só a metade de cada um...
- ... ou então fumar seis de uma vez só...
- ... e transar doidões de nicotina, em cima de uma cama cheia de cigarros.
Meu Deus... - Parei de falar e suspirei.”
Marnie: irmã gêmea da Grace, casada, 2 filhas (4 e 5 anos). Marido que ganha bem e a trata de forma maravilhosa. Só que ela ainda não esqueceu o ex-namorado, Paddy de Courcy. As partes dela são narradas em 3º pessoa, acho que se ela mesma narrasse eu tinha abandonado o livro. Fora o Paddy, essa foi a personagem que mais odiei, só que Marnie é feita para o leitor sentir pena ou odiar então tudo bem, eu estava com o sentimento correto.
Alicia: sociality, noiva atual do Paddy, cara de cavalo e loira. Acabou. Ela é considerada uma personagem principal, mas num livro narrado pelo ponto de vista das personagens femininas principais ela teve IMPRESSIONANTES 22 páginas (num livro de 784 pág!). Logo, ela é muiiiito’ importante. Tudo que sei dela, quem contou foi a Grace, a Lola ou raramente a Marnie.
Paddy: filho da puta, desgraçado, político, advogado. O que ele deveria ser: charmoso, olhos azuis encantadores, lindo (do tipo irresistível), político, advogado e mulherengo.
Personagens secundários que eu simpatizei:
Dee Rossini: política (do mesmo partido que o Paddy), quarentona, viveu violência doméstica mas deu a volta por cima, figura importante na Irlanda. Bem resolvida na vida, sabe o que quer e como quer. Essa sim, mulher moderna, independente, culta e audaciosa.
Rossa Considine: vizinho de porta da Lola quando ele viveu na casa de férias da família da amiga Bridie. Gosta de escalar e é ativista ecológico. Homem de verdade!
Bid: tia com câncer, aparentemente grossa e odiada (e ao mesmo tempo amada) por todos. Se melhor aproveitada podia render muitos risos.
Falando sobre a parte das gargalhadas, não houve nenhuma! Consegui, ao menos, sorrir apenas duas vezes:
“- Você não quer colocar um pouquinho de maquiagem? - perguntou. - Vai assustar as pessoas se sair assim. Não é justo com os outros.”
Quem disse foi Bid, a tia com câncer, uma das poucas personagens que gostei.
“Niall da entrega me odeia, é oficial. Diz que faz a viagem Ennistymon-Knockavoy com tanta frequência que praticamente já sonha com isso.”
Não que eu tenha achado a frase engraçada, mas me lembrou das inúmeras histórias com os correios que o pessoal dos Livros Viajantes tem para contar. As minhas próprias e as (melhores) da minha Guru Literária Andhy (que chama o carteiro de Mister Postman, isso é verídico).
Acho que deveria ter sido engraçado, mas não foi:
“passei um vestido incrível de seda cor de ostra da Chloé (sabe de qual estou falando?)”
Não faço idéia!
“Ele me lembrava uma galinha de um país do Terceiro Mundo (desculpe, país em desenvolvimento)”
Toda vez que tinha um pensamento entre parênteses é para indicar uma piada? Caso sim, eu sinto muito, mas não achei graça.
Para ninguém dizer que só separei possíveis piadas da Lola:
“- Não, você não entende! Hoje é meu dia de entrevistar a Rosalind Croft, e vou ficar presa ao lado da cama do Oscar. Ele tinha que escolher logo o dia de hoje! Nunca tenha filhos, Grace, eles são profundamente egoístas...”
Quem disse isso foi Jacinta, uma imbecil mulher que trabalha com a Grace.
Enquanto lia essa merda procurei gritei por ajuda para não odiá-lo tanto, então faço um convite:
Convite: Se você gosta da Marian, leu Cheio de Charme e ta louco para me ver ardendo no mármore do inferno por falar tanta blasfêmia! Por favor, eu imploro!, me contra-diga, me de argumentos válidos para que eu possa tentar vê-lo pelo ângulo certo. Pode ser nos comentários, no formulário de contato na barra superior do blog, pelo twitter @agathaborboleta, sinal de fumaça, código Morse, qualquer coisa, mas falem comigo! #please
É serio, no Skoob tem várias resenhas positivas sobre ele, na web também. Me sinto estranha com esse sentimento ruim...
Duas citações que achei enquanto buscava apoio para continuar lendo:
‘Marian lutou durante alguns anos contra o alcoolismo.’ [Julianna Steffens - Lost in Chick-Lit]
‘Nem chega ser uma piada na verdade é a forma dela ver as coisas, sem muita preocupação e tal ... ela não se esforça para ser engraçada e tampouco o é naturalmente, então complica!’ [Demilene Silva – Amiga via Facebook]
Menina, realmente, vou acompanhar para ver se aparecerá um defensor para esta autora, devem haver muitos, pois seus livros vendem como água, mas imagino que vc, assim como eu, é um pouco mais exigente com a maioria quando se trata de "piada" e pra mim, se é para rir, é para rir mesmo e não ficar ... ah tah ... como é o caso dos livros dela.
ResponderExcluirAdorei a resenha! rs...
HAHAHAHAHA
ResponderExcluirEnquanto lia não pude deixar de imaginar a Keyes sofrendo algum tipo de trauma, caindo de uma escada, derrubando copos ou dando topadas nos dedões enquanto você lutava com o livro! xD
True Story a do Mister Postman, um dia ele vai me afogar em plástico bolha...
Leia Sete Vidas - M&Ms Sperandio e faça uma resenha, por favor.
Então flor, não é querer defender nem nada, acho que na verdade é uma questão de gosto. Conheço muitas amantes do chick lit que não suportam a Marian, e que se sentem exatamente como você em relação ao livro. Mas para mim ninguém mais retrata tão verdadeiramente os dramas da vida moderna, o seu humor, ao contrario de muitos chick lits icônicos, não é escrachado, é mais sutil, e surge das situações diárias. E nem por isso deixa de ser chick lit, são apenas duas formas distintas de humor.
ResponderExcluirEu, particularmente, fico felicíssima quando os livros dela são imensos, mas entendo sua critica em relação ao tamanho e a narrativa, até porque como te falei não é a primeira vez que escuto. Talvez não tenhas tido sorte ao escolher Cheio de Charme como a primeira leitura dela, quem sabes tenta algum da Familia Walsh, que tem temática dramática, mas são mais engraçados. Não desiste assim de cara flor, podes se surpreender ^^
Sério que vc ficou com essa impressão da Marian? ):
ResponderExcluirEu não li esse livro questão, mas adoro a escrita dela <3 Acho que vc deveria ler outro para tirar essa impressão que ficou.
Vejo que nem as personagens fizeram vc gostar do livro hahaha
O estilo é sim chick-lit, e a Ju explicou tudo direitinho aí em cima.
Acredito que os livros dela não são pra ser lidos tudo de uma vez, até pq são cansativos, não pelo contexto, mas pelo número de páginas. E esse em questão, se eu n me engano é o maior deles. Então é legal alternar a leitura.
Mas dê outra chance a Marian, leia "Férias" é tão bom *UU*
A Marian n tem só o lado de vc ler o livro e rir sem parar, os livros dela tem pitadas de ironia, sarcasmo, um junção bem legal disso tudo.
Bjs,
tudo por um livro.
Eu não sou fã de Marian Keyes, li dois livros dela, sinceramente, porque estavam baratos hahahaha
ResponderExcluirMeu negócio é mesmo romance sobrenatural, ai eu teria um milhão de argumentos pra debater e etc, mas chic lit é um território meio inexplorado por mim hihihi, mas na minha humilde, sincera e modesta opinião, não acho que a Marian seja uma autora de chic lit NESTE MOMENTO. No começo, Melancia, Sushi, Casório?! até tudo bem, mas agora, eu acho que não é bem por aí... eu ouvi a Alba do Psychobooks falar algo parecido e concordei com ela, algo como 'ela está ultrapassando os chic lits' algo assim, e falando isso no bom sentido.
maaas, como eu não morro de amores pela Marian nem pelos livros dela, eu os vejo como "uma leitura de distração" , quando eu realmente preciso parar de ler Romance sobrenatural ou distopias.
bom, eu acho que é isso. beijão!
Agradeço a todos q comentaram até agora, eu realmente precisava desabafar e comentar sobre esse livro. Normalmente eu leio tudo que tenho em mãos, sem preconceito de genero ou autor. Mas esse da Marian foi ... eu só o li até o final porque ele era um viajante que seria muito caro de enviar e pq abandonei um livro na mesma semana e eu odeio abandonar livros, isso me deprime.
ResponderExcluirDemi>> piada é quando as pessoas olham estranho para mim pq to gargalhando com um livro em mãos.
Andhy>> Não tenho rancor da Marayan só n pretendo ler nada dela nem tão cedo XD
Qt a 7 vidas se vc me emprestar leio com mt prazer mas n qro gastar dinheiro comprando ele naum rsrsrsrs
Julianna>> obrigada por aceitar meu convite :)
Concordo que ela retrata bem as situações e tal, o livro não é mal escrito (se fosse tinha ganhado um belo 0 como nota XD) mas acontece que o q ela chama de piada n é nem de longe sutil, é horrível! E qt a narrativa, ainda n creio q Alicia faz parte do elenco principal. Se fosse um filme e ela uma atriz acho q a coitada se suicidaria por ter tal papel rsrs
Nicholas>> Agradeço tb vc ter aceitado meu convite :)
Eu sei q ele é Chick-lit mas a decepção doeu mt :/ Sobre ler de uma vez, sinceramente eu acho q qq livro deve ser lido de uma vez soh! Eu jah li um do Sidney Sheldon q tinha qs 500 pag em uma tarde (eu tava de TPM precisava relaxar). Não achei a ironia sadia, o sarcasmo muito pesado e em nenhum momento eu fui além do sorriso...
Ferias eh sobre dependencia de drogas neh? Acho melhor naum, Mernie me deixou traumatizada o.O
Mend>> que diabos seria 'ela está ultrapassando os chic lits'??? imagina alguem falar q o King está ultrapassando os livros de terror?? #crazy kkkkkkkkk Eu adoro livros de fantasia, no momento graças à equipe do Mundo de Tinta é o q eu mais tenho lido XD acabei de ler a coleção completa do Como treinar seu dragão. rsrrs