Série: Clube
dos Sobreviventes – livro 01
Autor:
Mary Balogh
Número
de páginas: 272
Editora:
Arqueiro
Ano:
2018
“... É este lugar – falou ele. – Tem sido o cenário de muitas revelações ao longo dos anos, algumas praticamente impronunciáveis e impensáveis. Existe confiança nesta casa. Confiamos uns nos outros e ninguém jamais traiu essa confiança.” Pág. 55
Penderris Hall,
a sede do Clube dos Sobreviventes. Um grupo formado por pessoas bem peculiares
que estão se reerguendo depois de pesadas perdas. Um deles é Hugo Emes, o herói
de Badajoz, como é conhecido por toda Inglaterra. Mas Hugo traz uma grande dor
e sentimentos confusos dentro de si, mas não está disposto a se livrar deles. Na
verdade, até os cultiva.
Agora ele é também
Lorde Trentham, título ganho por mérito de guerra, e também dono de um império comercial
deixado por seu pai, que lhe fez um único pedido ao morrer: ter um filho para
que herdasse tudo que construiu. E também havia Constance, sua meia-irmã de 19
anos, que precisava ser apresentada à sociedade para então casar-se. E todas
essas situações só pediam uma solução: casar.
Hugo então
decide procurar entre os seus, classe média, porque tem certeza absoluta que
não encontrará uma lady que queira se casar com ele. E também não quer, não tem
paciência com tantos melindres e detalhes inúteis.
É então que,
numa manhã fria, ainda em Penderris Hall, Cornualha, Hugo conhece Gwen, Lady
Muir. E esse encontro acontece de forma inusitada para os dois. Gwen é viúva há
sete anos e está bem com essa situação. Pelo menos é o que achava.
“... – Não sei se posso ter filhos – disse ela. – O médico que cuidou de mim quando perdi o bebê disse que eu não poderia. [...] - Não faz diferença – continuou ela. – Tenho sobrinhas e sobrinhos. Sou muito apegada a eles e eles a mim. No entanto, fazia diferença. Só naquele momento ela se deu conta disso. O poder da negação era imenso. O que havia naquela casa? Ou naquele homem?” Pág. 70.
Lady Muir
gostava de saber que tudo que aconteceria dali pra frente seria calmo, estável
e seguro. Não queria e nem precisava mais de surpresas ou qualquer outra coisa
imprevista e fora de seu planejamento e ideal de uma boa vida.
“... – Mas acho que o mar é vasto demais. Ele me assusta um pouco, embora não saiba explicar a razão. Não é medo de me afogar. Acho que o mar nos lembra do pouco controle que temos sobre a vida, por mais que tentemos planejar e organizar tudo com cuidado. Tudo muda de forma inesperada e tudo é assustadoramente imenso. Somos pequenos demais.” Pág. 76
Mas Gwen se
descobre cada vez mais atraída pelo rude Lorde Trentham e sua incrível capacidade
de ser direto e mal educado em suas falas. Contudo, não acha que tenha direito
a ser amada novamente.
“... –É o que fazemos uns pelos outros – corrigiu ele. – Todos nós precisamos ser amados, Gwendoline, de uma forma plena e incondicional. Mesmo quando carregamos o fardo da culpa e acreditamos não merecer amor. A verdade é que ninguém merece. Não sou religioso, mas acredito que é disso que tratam as religiões. Ninguém merece, mas ao mesmo tempo, todos nós somos dignos de amor.” Pág 184.
Mary Balogh!
Que delícia é a
escrita dessa mulher!
Fiquei apaixonada
quando li Os Bedwyns e fiquei muito feliz com essa nova série. Mas senti
algumas diferenças nessa nova saga. Mais dramática, mais profunda, com
personagens carregando traumas e dores bem grandes. Também vemos nessa série a
aparição e participação efetiva da classe média, algo que não apareceu nos
Bedwyns. Gosto dessa valorização e diversidade de classes por parte das
autoras.
Enfim, uma
história cheia de surpresas e amores!
E está só
começando!
Leiam J
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