Resenha de Tinta: Aniquilação



Série: Comando Sul – Livro 1
Livro: Aniquilação
Autor: Jeff Vandermeer
Páginas: 200 pág.
Editora: Intrínseca

“...Uma piscina. Uma praia rochosa. Um terreno baldio. Uma torre. Um farol. Essas coisas são e não são reais. Existem e não existem. Eu as refaço em minha mente com cada novo pensamento, cada detalhe que é recordado, e a cada vez elas são ligeiramente diferentes. Às vezes são camuflagens ou disfarces. Outras, algo mais fiel.” Pág. 191


Esse livro é atemporal.
Datas, locais, nomes. Não há nada.
A Área X surgiu e o governo começou a enviar expedições de reconhecimento que não renderam bons resultados. O livro é o relato de uma das participantes da 12ª expedição, composta por uma antropóloga, uma topógrafa, uma linguista, uma psicóloga (a líder) e uma bióloga, a narradora.
A fronteira entre o ‘mundo’ e a Área X é algo que as integrantes não veem porque atravessam hipnotizadas e só sentem a diferença: clima, fauna e flora. Levam quatro dias pra chegar ao acampamento já montado pelas expedições anteriores e começam a se instalar e a planejar as atividades de reconhecimento. A desconfiança e a insegurança imperam, mas nada que seja mostrado de forma literal. A psicóloga mantém o controle, mas a bióloga é uma verdadeira concha. Me peguei várias vezes analisando a personalidade dela e comparando com a minha. Não por causa da profissão, mas pelo gosto da solidão, da observação.
A expedição avança e elas descobrem uma construção que não está em nenhum dos mapas entregues, e resolvem investigar. Um túnel, mas na mente da bióloga é uma torre. Na minha também.
A tensão no acampamento aumenta de acordo com os acontecimentos surreais que vão ocorrendo. O que é aquele lugar? O que é tudo isso?
Situações ocorridas vão levando a um clímax inesperado. O livro vai intercalando presente e passado da bióloga e vai nos fazendo mais próximos e ao mesmo tempo distantes dela. A escrita do autor parece meio hipnótica. Algo suave, porém rítmico, sem tempo pra muitas paradas. Terminei com mil pensamentos misturados, meus e da bióloga.
A narrativa em primeira pessoa dá mais tensão à história e a cada momento você acha que sabe o que vai acontecer e descobre que não sabe nada.
Que livro bom!!
Mas medo me representa ao saber que tem filme vindo aí. No momento em que estou escrevendo essa resenha sequer vi o trailer para não me influenciar. Só sei que é a Natalie Portman (que eu adoro) que fará a bióloga. 

Cena do filme

Mas irei ver o filme e também resenhar para fazer uma comparação, esperando muito, muito mesmo que eles não destruam a história e que filmem toda a trilogia.
Leiam e me digam o que acharam!
Muito recomendado!





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