[Resenha de Tinta] Amos e Masmorras


Ano: 2015 / Páginas: 416
Idioma: português
Editora: Universo dos Livros


Sinopse: Em mais uma excitante série, a renomada autora Lena Valenti aborda agora as nuances do universo BDSM. Amos e Masmorras é um dos mais recentes sucessos da autora e se tornou best-seller internacional. A agente Cleo Connelly, integrante do corpo de polícia em Nova Orleans, é uma mulher atraente e destemida, que não mede esforços e impulsos na resolução dos casos que assume. Certo dia, entretanto, ela é designada para investigar, junto ao FBI, uma lucrativa rede de tráfico humano. Para cumprir a missão, ela precisará se inserir em um contexto inusitado: visitar a cena BDSM do país e participar das práticas de sodomia e dominação instituídas no torneio Dragões e Masmorras DS. Agindo como agente infiltrada, Cleo terá de pesar os limites de sua própria luxúria nesta implacável caçada, considerando também a arrebatadora atração que sente por Lion Romano, seu parceiro no caso. Mas será que, no meio do caminho, ela vai gostar de ser submissa? Renda-se aos deleites desta intrigante e sensual narrativa!

"Quando as masmorras se abrem, os dragões vão a caça".


Cleo Conelly é uma policial de Nova Orleans que sonha em entrar para o FBI como sua irmã Leslie e seu vizinho Lion, mas sendo mais nova que eles, só pode fazer o teste anos depois da entrada deles e quando a chance aparece ela é REPROVADA.
Lion Romano é um agente do FBI que foi criado com Leslie e Cleo. Dizer que Lion e Cleo são amigos é pedir muito, na verdade eles se detestam, sempre provocando um ao outro. Lion é muito amigo de Leslie, mas em se tratando de Cleo, Lion é insuportável. Por ser quatro anos mais velho que ela a considera a café com leite do trio, a menininha.
Cleo por sua vez tem um temperamento explosivo e sempre acaba entrando nas provocações de Lion e se estressando com ele.
Um ano se passa após a reprovação de Cleo, ela está levando uma vida simples, como policial de cidade pequena, resolvendo pequenos delitos: cães desaparecidos, violências domésticas e pequenos furtos/venda de drogas, quando percebe que sua irmã Leslie está desaparecida. Cleo e Leslie tem uma ótima relação, são amigas, confidentes e Cleo e seus pais são os únicos a saberem que Leslie é uma agente infiltrada do FBI e mesmo nas piores situações, Cleo e Leslie nunca deixam de se falar.
Enquanto aguarda contato de Leslie, preocupada, Cleo um dia recebe a visita do Chefe do FBI, Sr Montgomery, confirmando que sua irmã desapareceu durante uma missão chamada Amos e Masmorras que investiga o tráfico de mulheres em um torneio de BDSM e que o parceiro dela foi encontrado morto.
Montegomery então pede que Cleo participe do torneio no lugar de sua irmã. Mas como, se Cleo é hipersensível a dor até durante a manicure e se não sabe nada sobre S/M? Cleo, apesar do imenso desafio, quer mais do que nunca provar suas as habilidades policiais e encontrar sua irmã viva ou morta, então ela topa participar desde que no fim da missão ela se torne uma agente do FBI.
Para piorar a situação, ela descobre que deverá em seis dias, se tornar uma submissa acostumada com todas as práticas e instrumentos de S/M e que seu instrutor não será ninguém menos que Lion, seu desafeto de infância.
Poderá Cleo e Lion esquecerem suas desavenças e se tornarem tão íntimos a ponto de participarem de um torneio sexual? Terá Cleo coragem suficiente para participar de uma missão tão íntima?

O livro é ótimo. Eu já li livros nesse contexto Hot/Erótico e garanto que Amos e Masmorras foi a melhor leitura desse tipo que fiz. 
É ao mesmo tempo, hot/erótico, engraçado, romântico, policial. Tem uma história envolvente e viciante.
A história é divida em dois livros e esse, o livro um, abarca o treinamento de Cleo.
Logo depois da visita de Montgomery, Cleo recebe um dossiê sobre o jogo, ao qual teria que decorar e sobre a missão (sim o relatório está no livro). No início, são muitas informações e não liguei o "nome a pessoa" mas depois de algum tempo tive um clique e percebi, o torneio é baseado em Dugeons e Dragons (Caverna do Dragão)!!!! Com direito a mestre do magos, sombra, vingador, rainha das aranhas e criaturas. No relatório também é descrito os tipos de amos e alguns termos do mundo BDSM.
Com a chegada de Lion a casa de Cleo, o livro se torna "so hot". Na verdade, Lion é um amo ou dominador e praticante do BDSM desde os 20 anos (ele tem 31) super conceituado neste mundo e que usa o pseudônimo de King, já tendo inclusive participado da primeira edição de Amos e Masmorras. Cabe a ele então a difícil missão de não só treinar Cleo nas artes desse mundo como domar seu temperamento explosivo e torná-la um verdadeira submissa. Cleo, para Lion King é desafio.
Diferente dos outros livros nessa linha, nenhum dos praticantes tem problemas psicológicos ou são traumatizados. Inclusive, o livro faz referências a outros livros desse contexto e se você não leu Cinquenta Tons de Cinza, tem um spoiler gigante da série, que Lion King, usa como sarcasmo quando Cleo pergunta se deve ler livros desse contexto para entrar no clima.
A história desmitifica o mundo BDSM e mostra que é um estilo de vida, apenas mais uma prática sexual como outra qualquer, que agrada a algumas pessoas e que não é nada uma desculpa para que pessoas traumatizadas usem para expurgar seus demônios. Apenas uma preferência. Isso não significa que essa prática seja "endeusada"durante o livro e crie uma ilusão de uma atividade interessante. A autora mostra também o uso incorreto da prática e o lado bom e ruim e as dificuldades de se ambientar a esse mundo.

"No princípio, nos disseram que o amor deveria nascer entre o binômio homem -mulher.
Hoje o amor é coisa de homem-mulher,mulher-mulher e homem-homem. No princípio, nos disseram que o sexo único e verdadeiro é o suave e amável. O BDSM demostra que também há outro tipo de sexo, nem bom e nem ruim. Diferente"
O uso de alguns instrumentos também é bastante esclarecedor e cria  situações engraçadas durante o livro. Palmas para o uso do vibrador com controle remoto por anel.
O que também me agradou é que apesar do contexto erótico deste primeiro livro, ele é diferente de outros, não há cenas de sexo a cada duas páginas. A história de fundo é consistente e dinâmica.
Cada capítulo inicia-se com um parágrafo das normas de uma relação "saudável" entre amo(a) e submissa(o).
O livro termina de uma forma que te faz agarrar o segundo volume rapidamente e não desgrudar até a última página. Afinal é lá que acontece toda a ação.
No fim do primeiro volume, é encontrado um glossário com vários termos do mundo BDSM, para pessoas que como eu não estão acostumados a esse mundo.
Dentre todos os lançamentos dessa temática nos últimos tempos,  Amos e Masmorras  é um dos melhores livros do gênero entre os  lançados  no Brasil.
Eu amei.
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Até mais,

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