PARCERIA ARQUEIRO
Título: Depois daquela montanha
Título: Depois daquela montanha
Autor: Charles Martin
Páginas: 304
ISBN: 9788580416190
"Rachel... não sei quanto tempo nos resta, não sei se vamos conseguir... mas... retiro tudo o que disse. Eu estava errado. Estava com raiva. Não devia ter dito aquilo. Você estava pensando em nós. Não em você. Agora eu percebo.
Você estava certa. Certa o tempo todo. Sempre há esperança.
Sempre."
É sempre difícil começar a fazer uma resenha de um livro que te tocou bastante. Parece que as palavras começam a desparecer e tudo o que você quer expressar sobre o livro se torna difícil de explicar. E é assim que foi meu primeiro contato com Charles Martin.
Tentando voltar para casa para algumas cirurgias marcadas, Dr. Ben Payne aguarda a chamada do voo no aeroporto quando vê uma mulher sentando ao seu lado. Em meio as conversas, eles se apresentam e trocam umas ideias com bastante humor. Ashley, uma colunista de revistas femininas, está também indo para um compromisso importante, seu ensaio de casamento. Infelizmente o voo de ambos é cancelado devido a forte tempestade que está ocorrendo. Então Ben resolve pegar um voo com avião fretado e acaba convidando Ashley para ir junto. Mal sabendo que a partir do momento que ambos colocassem os pés naquele avião, suas vidas mudariam para sempre.
O legal na história é que são dois desconhecidos que tiveram a má sorte de estar em uma situação terrível. Ben é um cara mais fechado, e que não revela seus segredos facilmente, diferente de Ashley que é mais falante e movida por um bom humor. A relação dos dois no desenvolvimento da trama vai se diferenciando a partir do momento em que Ben percebe que Ashley consegue aos poucos quebrar as muralhas que ele levanta quando assuntos pessoais vem à tona.
Primeiramente sabemos que Ben sofre. Ele carrega um peso que ninguém sabe o que é e isso foi me agonizando durante a leitura. Mas o bom humor dos diálogos entre os dois foi amenizando até a situação em que eles estão.
"Durante muito tempo eu havia carregado meus cacos. De vez em quando, deixava cair um deles, como uma migalha de pão. Para conseguir encontrar o caminho de casa. E então viera Ashley e recolhera os pedaços e, em algum lugar entre 3.4000 metros de altitude e o nível do mar, a imagem havia começado a tomar forma. Tênue, a princípio, depois mais clara. Não nítida, ainda. Mas essas coisas levam tempo. "
"A última imagem que me lembro de ter visto foi a do borrão verde avançando lentamente pelo brilho azulado do GPS montado no painel de controle."Depois de o piloto do avião sofrer um ataque cardíaco, Ben e Ashley acordam isolados a quase 3.500 metros de altitude numa extensa área de floresta coberta por quilômetros de neve. No decorrer da história, vamos acompanhar a superação dos dois em encontrar, de algum modo, sair do local onde se encontram mesmo que pareça que ninguém passaria por ali.
O legal na história é que são dois desconhecidos que tiveram a má sorte de estar em uma situação terrível. Ben é um cara mais fechado, e que não revela seus segredos facilmente, diferente de Ashley que é mais falante e movida por um bom humor. A relação dos dois no desenvolvimento da trama vai se diferenciando a partir do momento em que Ben percebe que Ashley consegue aos poucos quebrar as muralhas que ele levanta quando assuntos pessoais vem à tona.
- Ashley.- Sim?- Cale a boca.- Você não pediu por favor.- Por favor.- Está bem.
Primeiramente sabemos que Ben sofre. Ele carrega um peso que ninguém sabe o que é e isso foi me agonizando durante a leitura. Mas o bom humor dos diálogos entre os dois foi amenizando até a situação em que eles estão.
"Olhei ao redor e cocei a cabeça. Havia alguma coisa estranha. Uma coisa que eu não havia notado em muito tempo. Como se algo houvesse se insinuado pelas minhas costas sem que eu notasse. Cocei o queixo e compreendi. Eu estava sorrindo."Charles Martin escreveu um livro movido por emoções, com palavras cheias de significado ditas por personagens inesquecíveis. Uma leitura linda que me fez chorar em suas últimas páginas. Um livro para pensar e refletir sobre perda e amor. Recomendo muito! Peguem os lenços, não digam que eu não avisei.
"Durante muito tempo eu havia carregado meus cacos. De vez em quando, deixava cair um deles, como uma migalha de pão. Para conseguir encontrar o caminho de casa. E então viera Ashley e recolhera os pedaços e, em algum lugar entre 3.4000 metros de altitude e o nível do mar, a imagem havia começado a tomar forma. Tênue, a princípio, depois mais clara. Não nítida, ainda. Mas essas coisas levam tempo. "
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