[Resenha de Tinta] O Jardim Secreto

Nome Original: The Secret Garden
Autor: Frances Hodgson Burnett
Tradutor: Marcos Maffei
Número de páginas: 256
Editora: Editora 34
ISBN:  9788585490263
Ano: 1993 (Ano Original: 1911)
Nota: 5/5

Sinopse: Um livro delicado, meigo e muito mágico. Conta a história da jovem Mary,uma menina mal-humorada e infeliz que acaba indo morar na casa de um tio seu, após o falecimento de seus pais.A casa é uma mansão nas charnecas,um lugar que ela escolhe odiar. Porém, vendo que não há outra forma e que ela terá que ficar lá, a menina decide explorar o local. Acha um velho jardim trancafiado em uma de suas explorações e decide cuidar dele com a ajuda de dois amigos. Mostra do começo ao fim o crescimento de Mary e de seus amigos.

Resenha:

Eu cresci assistindo tanto o filme e quanto o desenho O Jardim Secreto. Sempre me encantou a evolução de Mary e Collin e a leveza de Dickon. Já tem um tempo desde a última vez que os assisti pela última vez, mas a história nunca deixou de estar fresca na minha mente. Porém foi só agora lendo o livro que pude finalmente entender os conceitos que a autora passou. Percebi a diferença real entre as mídias: cinema e livro. Isto porque o livro lembra Pollyanna e O Pequeno Príncipe, no sentido de ser capaz de mudar sua visão de mundo. E eu só percebi isso ao ler o livro. 
Da esquerda para direta: Dickon, Collin e Mary. 
Mary é uma criança que não foi amada. Sua mãe só queria saber das festas na Índia, por isso quando a bebê nasceu foi direto para os cuidados dos empregados. O pai ocupado demais com o trabalho, a mãe com horror a crianças. Para evitar que a pequena chorasse, todas as suas vontades eram feitas. Dá para imaginar a pequena tirana na qual ela se transformou, não é? Aos 10 anos seus pais morrem de surto de cólera e Mary volta para a Inglaterra. Ela vai viver na casa do tio que também não gosta de crianças. Ele também parece ser um homem mimado e que só tolera a presença do homem que o conhece desde criança. A desculpa que ele usa é que perdeu a mulher que amava 10 anos antes, a única mulher que poderia amar um corcunda como ele.

Pois bem, Mary vai descobrir em sua nova casa que ela não tratava bem as pessoas. A forma como Frances narra o livro em 3ª pessoa mostrando os pensamentos dos personagens é uma coisa muito linda. O ponto alto da história é quando Mary conhece Collin. Uma criança tão mimada quanto Mary, porém com uma espécie de hipocondria. Collim cresceu ouvindo as pessoas sussurrarem que ele estava morrendo. Acontece que ele acreditou. Ao menos até Mary chegar. A amizade dos primos é muito emocionante, e ver eles se transformarem em crianças normais! Claro que o Jardim que esteve trancado por 10 anos teve uma participação especial na transformação.
A autora reafirma várias vezes a cor pálida das crianças e sua cara feia. Sinais de crianças não saudáveis.
Um ponto que tem no livro mas não é explorado nos filmes é a mãe de Dickon e Martha. Ah, Martha é a criada que cuida de Mary na mansão, mas como ela não é babá, ela apenas garante que Mary se alimente e se vista. A mãe é uma das melhores pessoas/personagens que já vi. O tipo de mulher que criou 12 filhos com muito amor para cada um deles.

Leiam amigos leitores, leiam para suas crianças, leiam para os adultos, leiam para todos. Deixem a Mágica acontecer. Descubram ou relembrem que a Mágica só acontece quando você deixa apenas os pensamentos bons florescerem no Jardim da sua mente. 


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