Autor: Isaac
Asimov
Número
de Páginas: 320
Editora:
Ediouro
Ano
Publicação: 2004
ISBN:
8500015292
Nota: 4/5
Sinopse:
Eu, robô é parte de uma das três grandes séries de Asimov
Robôs, Fundação e Império. Retoma uma das personagens principais, a grande
roboticista Susan Calvin, e a faz contar, em retrospecto, histórias que resumem
a evolução da robótica. A narrativa engenhosa conduz o leitor com um didatismo
disfarçado: levados pela imaginação e pelo humor de Asimov, nem nos damos conta
da lição de história da robótica que acabamos aprendendo. Continue lendo...
Resenha:
Esse livro
é composto de vários contos relacionados. A história começa quando um repórter da
Imprensa Interplanetária surge na U.S. Robôs para entrevistar a Dra. Susan
Calvin, a primeira robôpsicóloga e um dos pilares da indústria robótica. E agora,
no momento em que está se afastando do trabalho, as pessoas querem conhecer sua
opinião sobre o lado ‘humano’ das máquinas.
“... – Eles deviam saber disso desde o começo. Vendíamos robôs
para uso na Terra naquela época, antes do meu tempo. É claro que isso foi antes
que os robôs pudessem falar. Depois eles se tornaram mais humanos e a oposição
começou. Os sindicatos, naturalmente, se opunham a que os robôs competissem com
os trabalhadores humanos, e vários segmentos religiosos também se opunham com
base em suas superstições. Tudo muito ridículo e muito inútil. E, no entanto,
lá estava.” Pág. 21
Dra.
Calvin os via como uma nova espécie, melhor do que os humanos, mais estável e
confiável. E sabia que a grande maioria da humanidade somente os via como “metal e engrenagens; eletricidade e
pósitrons, mente e ferro! Feito pelo homem e, se necessário, destruído pelo
homem!”
Mas na
verdade não era bem assim...
A primeira
história fala de Robbie, um robô não-vocal que foi vendido como babá. Mas a mãe
da menininha, passado o período de novidade, começou a temer a máquina. Mas a
menina, Glória, já tinha tanto amor por aquele monte de ferro que sabia que
Robbie nunca lhe faria mal. Mas a mãe tinha essa certeza
“... – Agora me escute, George. Eu não quero confiar minha filha
a uma máquina. E não me importa o quão esperta seja. Ela não tem alma e ninguém
sabe o que pode estar pensando. Uma criança não foi feita para ser guardada por
uma coisa de metal.” Pág. 31
E então,
ela consegue se livrar de Robbie e a pequena Glória se afunda em um mar de
tristeza e melancolia por saudade de seu amigo.
Mas várias
situações vão acontecendo e em determinada circunstancia, a mãe percebe o que
tinha feito.
E cada
lembrança da Dra. Calvin vai se tornando uma nova história, nos mostrando e
explicando toda a complexidade da vida com os robôs, mas sem perder o bom humor
nunca.
Vários contos
tem como personagens principais a dupla de engenheiros de campo Gregory Powell
e Michael Donovan. Eles se envolvem em várias situações inusitadas e muito,
muito engraçadas com alguns robôs piradinhos
“... – Bem, ele não pegou a mania de religião nem está correndo
em círculos declamando Gilbert e Sullivan, assim eu suponho que ele esteja
normal.” Pág. 111
Uma
história vai puxando a outra. Também temos o Dr. Alfred Lanning como o
presidente da U.S.Robôs em alguns contos.
A história
de Isaac Asimov é incrível! Esse livro foi escrito em 1950. A mente desse homem
era algo prodigioso.
“ Isaac Asimov tinha 19 anos de idade quando começou a escrever
suas histórias sobre robôs. Era o ano de 1939, a Segunda Guerra Mundial estava
começando e Asimov era um estudante que escrevia contos para revistas, tentando
ganhar um dinheiro extra para suas despesas. Ele criou a palavra “robótica”,
que não existia, e desenvolveu as famosas três Leis da Robótica que se
tornariam um marco da literatura de ficção cientifica.” Pág.
7
Impressionante.
Adorei essa leitura. No início, fiquei receosa por causa
do estilo do autor, mas Asimov tem uma escrita superleve e descontraída. A leitura
flui e a forma de um conto ter um gancho para o próximo dá uma sensação de
continuidade e consistência.
Quanto ao
filme homônimo, nada a ver. Nada mesmo. Somente os nomes de Susan Calvin e
Alfred Lanning. O fato do robô Sonny ter consciência de sua existência de um
modo mais ‘humano’ me lembra alguns contos. Mas o filme não é ruim. Eu gosto. E
tem o Will Smith né...rsrs.
Bom,
leitura mais do que recomendada!
Chocada! Não sabia que o livro era de contos, sabia que não tinha nada a ver com o filme, mas achei que fosse uma estória só.
ResponderExcluirÓtima resenha! Com certeza vou ler, ainda mais agora que sei que são contos :)
Adorei o livro. Bem diferente do filme, o que no meu caso foi bom porque achei o filme meio sem graça. Quero ver se leio os outros livros dessa série.
ResponderExcluirNossa que surpresa saber que o filme não tem nada a ver com a história do livro. Vi o filme e adorei, achei a reflexão super válida. Agora fiquei curiosa para ler o livro e fazer toda essa reflexão mais aprofundada. Valeu pela dica e parabéns pela leitura!!!!
ResponderExcluirLeituras, vida e paixões!!!