[Resenha de Tinta] Fragmentados

Título Original: Unwind
Autor: Neal Shusterman
Tradução: Camila Fernandes
Número de Páginas: 317
Editora: Novo Conceito
Ano Publicação: 2015
ISBN: 9788581635194
Nota: 10/10

Sinopse: Fragmentados - Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe. O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo

Resenha:

A Lei da Vida declara que a vida humana não pode ser tocada desde o momento da concepção até que a criança chegue à idade de treze anos. No entanto, entre os treze e os dezoito, a mãe ou o pai pode escolher “abortar” retroativamente uma criança com a condição de que a vida da criança não tenha fim “tecnicamente”. O processo pelo qual uma criança é ao mesmo tempo eliminada e mantida viva é chamado de “fragmentação”.
Quando vi que a NC lançou esse livro aqui fiquei ó:
Mas eu preciso dizer, esse livro é pesado. Não é só uma distopia que nos faz pensar até que ponto o ser humano poderia ir. É uma distopia que me fez perguntar: ‘Quanto tempo nos resta, até chegarmos a isso?’.
— Só porque a lei diz, não faz com que seja verdade.
— É, bom, só porque a lei diz, também não faz com que seja falso. Só é a lei porque um monte de gente pensou nisso e decidiu que fazia sentido.
O que levaria os pais de dois filhos escolherem o mais velho para a fragmentação? Porque eles desistiriam dele assim? Bem, porque isso é uma coisa normal. Se é normal, todos fazem. Ao menos é o que os pais de Connor devem ter pensado. E quanto aos órfãos? Quem decide por eles? Isso não mudou, continua sendo o Estado. Só que agora se você não se mostra ser um órfão de futuro, então você é fragmentado. Pergunte a Risa, ela sabe bem o que é isso. Outro ponto abordado no livro é a doutrina religiosa. Se você deve dar 10% de tudo que possui, então você também deve dar 10% dos seus filhos. Assim surgem a ideia dos ‘Dízimos’. Crianças, filhas de pais extremamente religiosos que são CONCEBIDAS para serem fragmentadas quando atingirem os 13 anos. Elas crescem sabendo disso, e contentes porque foram escolhidas para isso. 
Há pastores de todas as fés na casa dizimal — ministros, padres, rabinos e clérigos —, pois a noção de entregar a Deus o melhor rebanho é uma tradição tão antiga quanto a própria religião. 
O que Neal fez foi colocar toda a insanidade humana em livro. Não tem como não imaginar que isso não está acontecendo por aí.
Além disso, tem a ideia da ‘Cegonha’. Porque, né? Se é proibido fazer aborto, como as mães se livram dos filhos indesejados? Simples! Elas colocam eles na porta de outra pessoa, se a pessoa pega a mãe fazendo isso, a menina é OBRIGADA a ficar com a criança. Se não, quem encontrou é que é OBRIGADO a adotar a criança. Essa criança será uma futura fragmentada? Talvez sim, talvez não. Para que menos meninas tenham que usar a cegonha, é comum as escolas terem creches anexas aos prédios. Assim as jovens mães podem amamentar seus rebentos entre as aulas. Fragmentar é bom, por que explicar a essas meninas que elas não deveriam engravidar?

Agora, o mais brilhante da ideia de Neal é que os fragmentados não estão mortos! Quer dizer, é isso que o governo vende. Porque não dá para perguntar ao fragmentado como ele está. Mais a ideia é que ele está vivo, apenas de forma diferente. E como Neal criou isso? Ele leu Frankstein demais. Na história de Neal, um cientista maluco desenvolveu uma forma de transportar partes de uma pessoa para outra. Não só órgãos, mas braços e etc.
Quando [...] tinha dez anos, quebrou o braço. O médico disse à sua mãe que ele poderia ganhar um braço novo ou um gesso. O gesso era mais barato.
Eu não falei da história em si porque não teria graça, vocês precisam ler. Eu só não consigo decidir se quero ou não a continuação. Sabe Jogos Vorazes?O primeiro tinha me deixado bem o suficiente. Não que eu não tenha adorado os outros. Mas, bem, vocês acham mesmo que depois de eleger Fragmentados como favorito eu deixaria de ler a continuação?! Até porque o Neal já lançou todos, você pode conferir as sinopses aqui


2 comentários

  1. Sou muito fã de distopias, essa já vai entrar na lista.
    Beijos!
    estantedoluiz.blogspot.com

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  2. sempre gostei de ler distopia e já to ansiosa pra ler essa, to de olho nesse livro desde que vi nos lançamentos do mês da novo conceito, adorei a resenha, to super curiosa pra ler, já que nunca li nada do autor e espero gostar.

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