[Resenha de Tinta] Legend

A Verdade se Tornará Lenda
Série: Legend #1
Nome Original: Legend
Edição: 1
Editora: Prumo
ISBN: 9788579272097
Ano: 2011
Páginas: 256
Sinopse: O que antes for a o Oeste dos Estados Unidos é agora o lar da República, uma nação perpetuamente em guerra com seus vizinhos. Nascida em uma família de elite em um dos distritos mais ricos da República, a adolescente de quinze anos June, é um prodígio prometida ao sucesso no mais alto círculo militar do país. Nascido nas favelas, o adolescente Day é o criminoso mais desejado do país. Mas sua motivação pode não ser tão maliciosa quanto parece. De mundos muito diferentes, June e Day jamais cruzariam o caminho do outro, até o dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado e Day se torna o principal suspeito. Presos em um jogo de gato e rato, Day está correndo para salvar a vida de sua família, enquanto June deseja vingar a morte de Matias. Mas em uma chocante reviravolta, os dois descobrem a verdade sobre o que realmente os uniu, e até onde seu país está disposto a ir para guardar seus segredos.

Olá Pessoal,
Resolvi resenhar Legend por ser uma releitura.
E você pergunta: E daí?
Bom, caro leitor, antes de começar, quero te dizer que isso significa muito porque eu raramente(, não digo jamais, porque fiz desse) releio um livro. Mesmo quando é série eu apenas leio uma resenha ou outra antes de seguir para o próximo livro. Mas eis que o Livro II dessa trilogia foi um dos sorteados do mês passado da minha TBR Jar de séries. ( Não sabe o que é uma TBR Jar? clica aqui)
Sim, como eu já disse aqui no blog, eu tenho uma TBR Jar só para séries porque da última vez que contei eu tinha mais ou menos 70 séries em aberto e preciso dar conta disso. Essa é minha meta principal do ano. 
Voltando, quando eu sorteie Prodigy eu fui direto no meu histórico de leitura do Skoob e vi que eu tinha amado o livro que era apaixonada pelo Day. E aí? Eu não lembrava mais nada. Mentira, eu lembrava que gostei, que confundi esse livro com a trilogia divergente, (Shame on me, a Louca) e que tinha um quote muito legal no final.
Então, antes de ler outras resenha pensei: Já que amei tanto, porque não reler?????
E lá fui eu reler Legend.
Querem saber o que eu achei dessa vez?
Vamos para o futuro, mas só pega na minha mão se você tiver vacinado contra a praga. Não quero ficar doente.

#Resenha:

Estamos no ano de 2130 e o que era a antiga Costa Leste dos EUA, agora é A República da América, país que faz fronteira com  As Colônias da América e contra quais estão em guerra a muito tempo. 
A República é comandada pelo Primeiro Eleitor( odiei esse nome) e suas tropas com um governo totalitário, que lembra o de Mao Tse Tung, na China após a Revolução Chinesa de 1949. (quer saber mais sobre isso clique aqui).

A República é divida em 13 setores, ricos e pobres e sua capital é em Denver, onde se passa a maior parte este livro.
A República é visto como um estado agressivo secreto fortemente militarizada  que está sob lei marcial constante, e tem unidades de patrulha militares , em vez de o departamento de polícia de costume.
Todo jovem da República é submetido a "Prova" aos 12 anos. Ela consiste em um conjunto de atividades intelectuais, mentais e físicas aos quais os candidatos são submetidos para serem selecionados de acordo com suas aptidões. Os que atingem maior pontuação, são indicados a colégios e Universidades de formação militar para que depois integrem os seus quadros. Os que atingem a menor, são enviados a um campo de atividades forçadas em prol da República. A prova também divide financeiramente a população já que quanto mais pontos, maior será sua renda.
No setor rico, as pessoas tem energia elétrica e são vacinadas anualmente contra a Praga. Uma doença que atinge muitas pessoas durante os anos, levando - as à morte. 
É lá que encontraremos uma de nossas protagonistas, June Iparis. June tem 15 anos, é irmã do Capitão Metias Iparis e considerada a prodígio da República. Fez 1500 pontos na Prova, a maior pontuação já atingida desde a criação do exame e entrou na Drake University aos 12 anos. 
Tudo o que June quer é integrar as tropas da República e garantir a ordem no seu país, lutando contra os Patriotas, como são conhecidos os soldados da Colônias e alguns rebeldes da República.

Já no lado menos abastado, as pessoas estão em  situação de miséria, em constante estado de repreensão das tropas das Repúblicas, sem acesso a nenhum tipo de conforto e constantemente vigiadas para que não haja disseminação da Praga.
Lá encontraremos Day. Um jovem de 15 anos, que fez uma das menores pontuações da Prova e por isso foi mandado para um campo de trabalho forçado da República de onde consegue fugir. Depois disso, para não por sua família em risco, ele vive nas ruas com sua amiga Jess, aprontando contra a República e se tornando seu principal criminoso.

O mundo dos dois jamais se encontraria se a família de Day não estivesse doente. Mesmo a distância, ele cuida para que sua família tenha sempre o mínimo de alimentação e condição de sobrevivência. 
A única pessoa da sua família que sabe que Day está vivo é seu irmão John, é para ele que Day sempre entrega alimentos e dinheiro que consegue roubando da República.
Mas desta vez, o caso é mais sério, Day está observando a sua antiga casa a distância, quando vê a porta de sua casa sendo marcada com um estranho *. Normalmente as casas infectadas são marcadas com X pelas tropas de inspeção, mas o * o que significa? Seria uma nova modalidade da Praga?
Day não vê alternativa a não ser invadir o Hospital, já que sua família jamais teria dinheiro para pagar o tratamento, e roubar a cura.
Depois de um plano mirabolante e  muita ação, Day consegue alguns imunossupressores que irão estender a vida do seu irmão Aden que está infectado até que ele consiga o antídoto.
O problema é que no caminho de Day está Metias, o irmão de June. 
Em um confronto direto, Metias é atingido por uma faca e morre, e tudo leva a crer que quem o matou foi Day.
Diante essa situação a Comandante Jamenson, ex chefe de Metias, não vê outra alternativa a não ser declarar guerra contra o principal criminoso da República colocando a cabeça de Day a prêmio e dando a missão a June, a sua Prodígio, já que por mais que tentassem, ninguém nunca conseguiu pegá-lo. A República  nem ao menos sabe como ele é, publicando uma foto sua diferente a cada instante. Eleé uma lenda cuja existência e morte precisa ser anunciada.
Procurado por assalto, incêndio, roubo, destruição de propriedade militar dificultando o esforço de guerra.
June está com uma sede de vingança gigante. Day destruiu todo a sua vida. Seus pais morreram em um acidente e a única pessoa que sempre esteve a seu lado era seu irmão Metias. Ele cuidou dela desde criança e era a única pessoa a quem June amava. Ela não hesita em aceitar a missão, mesmo que ainda não esteja formada. Ela quer Day e vai garantir sua prisão e execução.
Sua vida é minha.
Ele é a Lenda, Ela é o Prodígio. Quem será o Campeão?

Legend é um livro distópico, mas um pouco diferente do que já estamos acostumados. 
No primeiro livro não temos ideia do que aconteceu aos Estados Unidos e ao Mundo, a única informação é que ele está dividido entre República e Colônias, que  é governado pelo Primeiro Eleitor, existe um grupo dissidente aliados aos Patriotas e que a população sofre com a escassez de recurso e com uma doença chamada a Praga. Só isso.
O mapa que ilustra essa resenha na verdade é do segundo livro, onde você começa a entender o que aconteceu e o porquê esse comportamento altamente rigoroso do governo.( E  que eu não vou contar porque é spoiler, #má.)
Com essa ausência de informação( o que eu particularmente acho complicado de se entender,) todo livro é realmente focado nos seus personagens principais e suas ações.
Dividido em capítulos entre Day e June, e dando a visão dos dois lados da questão, o leitor fica dividido entre as suas ações, ora concordando com um, ora com outro.Afinal, cada um deles tem seu motivo para tomar as atitudes que tomou.
A partir do encontro, quando tem-se a impressão de que haverá um romance (como em quase toda distopia) e que ela ditará os rumos do livro, o leitor encontrará muita ação, mortes e descobertas que  lhes tirarão o fôlego.
Aqui não há exame de consciência ou tórridas cenas de amor. A guerra entre eles foi declarada e mesmo se envolvendo, cada um quer defender aquilo que acredita, mesmo que descubra que seja uma ilusão.
A forma com que Marie Lu expôs o enredo é tão fascinante que faz o leitor sentir diversas emoções ao longo da leitura, o que é muito agradável. Os momentos de ação e até os momentos mais descritivos se encaixam de uma forma com que nada parece forçado, os pontos de vista dos dois personagens se completam sem ter aquela coisa de repetição dos fatos.
Na parte final, Marie Lu cria uma sequência eletrizante que  deixa o leitor insanamente desejoso por Prodigy.
– Nunca lhe perguntei sobre esse nome de guerra. Por que Day?– Porque cada dia significa novas 24 horas. Cada dia quer dizer que tudo é possível de novo. Você pode aproveitar cada instante, pode morrer num instante, e tudo se resume a um dia após o outro. – Ele olha para a porta aberta do vagão da ferrovia, onde faixas escuras de água cobrem o mundo. – E aí você tenta caminhar sob a luz.

O livro foi inspirado pelo clássico Os Miseráveis e a autora procurou recriar o conflito entre Valjean e Javert em uma versão adolescente futurística. E deu super certo.
Há um tempo atrás, houve uma conversa de que Legend se tornaria filme. Os direitos cinematográficos foram vendidos para CBS Films que começou a produzir, mas parece que está em suspenso. ( Saiba mais aqui).
Enquanto ele não saí, assista a um booktrailer que os fãs da série fizeram!
Sobre Prodigy, eu conto logo, logo.
Espero que tenham gostado.
Um beijo,




2 comentários

  1. Estou louca para ler esse livro, Lua!
    Mas estou com tanta birra de séries, que mesmo eu tendo os três volumes, ele vai esperar um pouco...

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    1. Oi Sammy,
      Embora eu também esteja em uma fase não séries. Essa eu recomendo.
      Os livros são pequenos e realmente merecem uma exploração melhor.
      Ah e não são três, são 4 livros,kkkkkkkkkk
      Obrigada pelo comentário.
      bjs,

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