[Resenha de Tinta] Caixa de Pássaros

Editora: Intrínseca

ISBN: 9788580576528
Ano: 2015
Páginas: 272

Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

Olá Pessoal,

Essa é mais uma resenha da série nunca.
Eu não nunca leio terror. Não gosto, não é a minha praia. O último livro que li nesse gênero foi o Amadiçoado( que a Sandra, resenhou aqui) quando ele ainda se chamava o Pacto.E como vocês viram na resenha dela, não tem terror. Também não assisto a filmes desse tipo. Mas ler sobre uma tragédia, era o Desafio das Estrelas do Mês. E como eu tinha terminado uma distopia, quis uma coisa diferente, e depois da resenha da Renata no Só Sobre Livros, eu decidi ler Caixa de Pássaros.
Querem saber o que eu achei?
Só abra os olhos para focar nessa resenha, foque em mim. Apenas em mim.

#Resenha:
Em caixa de pássaros, tudo começa com um viral de internet. Sabe aqueles vídeos que ninguém acredita, mas mesmo assim assiste? Aquelas fotos que aparecem conter assombrações, fantasmas e que ás vezes acabam ganhando uma notoriedade na tv?


O primeiro caso foi em San Petersburgo, o segundo em Yakutsk, Rússia, a 5.000 km do primeiro. Ninguém sabe o que é. Da onde veio. A unica informação é que aparentemente as pessoas vêem algo, enlouquecem e se suicidam. Da pior forma possível.Se há oportunidade, ainda matam outras pessoas.

" Naquela cidade, uma mãe, “estável” segundo os conhecidos, enterrou os filhos vivos no jardim da família antes de se matar, usando as pontas afiadas de pratos quebrados."
Shannon está preocupada, mas Malorie, sua irmã, não. A preocupação principal de Malorie é que ela está gravida. Grávida de uma relação de uma noite, com um cara que não significa nada. E o que ela vai fazer?

"— Você me ouviu, Malorie? Essa história está sendo noticiada em tudo quanto é canto. As pessoas estão começando a dizer que está relacionado com o fato de as vítimas terem visto alguma coisa. Não é estranho? Acabei de ouvir na CNN que isso é a única coisa em comum em todos os incidentes. Que as vítimas viram alguma coisa antes de atacar as pessoas e de se matar. Dá para acreditar nisso? Dá?"
Quando o fenômeno chega aos Estados Unidos, as pessoas começam a se preocupar e a única chance de sobrevivência e se trancar em casa. E não abrir os olhos. Nunca.
As irmãs que nunca foram muito amigas, mas estão morando juntas,  unem-se para enfrentar a solidão das portas e janelas trancadas e cobertas e a impossibilidade de se abrir uma brecha. Por um tempo dá certo. mas quando Malorie encontra sua irmã morta e uma nesga da janela aberta, sua única chance é se unir a um grupo de pessoas, para não morrer sozinha. Mas como chegar até lá?
Feche os olhos. Agora levante-se e ande pelo cômodo vem que você está. Fácil não? Você instintivamente conhece a posição dos móveis. Agora abra a porta. Entre no carro, dirija!Não olhe! Não abra os olhos.Difícil? Essa foi a primeira ação de sobrevivência de Malorie. 
Ela abandona a sua casa, sua irmã morta no banheiro e vai ao encontro de um refúgio que ela viu em um panfleto, um lugar onde outras pessoas estão se reunindo, para sobreviver. Mas a quê? o que é? Como acontece? porquê? Essas são perguntas que você se fará durante toda leitura, e sim você estará com medo. Mas, mais que medo, o sentimento principal que esse livro provoca é angústia. É angustiante não saber a causa e só os efeitos.Não saber da onde vem, para onde vai,como acontece, porquê acontece e principalmente: O QUE É?
Eu li essa primeira parte do livro antes de dormir. Não faça isso!
Meu cérebro passou uma noite inteira se fazendo essas perguntas, "ruminando" o assunto e claro, criando hipóteses e teorias loucas para explicar o que acontecia. E eu acordei exausta no dia seguinte. Se possível, faça como Hugh Holey, autor de Silo, indicou na capa: leia o livro de uma vez.
A segunda parte do livro é escrita com capítulos em flashback.
Quase cinco anos se passaram desde que Malorie chegou ao abrigo e mais uma vez, só que agora, com dois filhos de 4 anos, que são denominados apenas Garoto e Menina, ela tem que abandonar tudo novamente e partir para outro lugar. Ainda ás cegas.


Enquanto faz o trajeto, ela só pode contar com os ouvidos das crianças que ela treinou exaustivamente. Embora seja díficil você saber se está fazendo a coisa certa quando você não tem experiência no assunto e pior você não pode nem testar, já que nunca os expôs ao ambiente exterior., fora dos limites da residência.
O caso é que Malorie, não tem outra alternativa de sobrevivência. Ela precisa fugir pelo rio e encontrar um outro lugar se ainda quiser sobreviver.Ela precisa ir!
.E em determinado momento, abrir os olhos!


“O instante entre decidir abrir os olhos e fazer isso de fato é a coisa mais assustadora desse mundo novo.”
A parte do livro em flashback é um pouco mais leve. É construída a te dar conforto e "apenas" mexe com a sensação de estar sendo observada.
Quando Malorie chega no primeiro abrigo, é vista com desconfiança, está grávida, tudo inicialmente os assusta, mas aos poucos é criada uma rotina, embora ás vezes, mesmo no comportamento rotineiro algumas coisas sejam assustadoras. Principalmente quando um novo morador chega, trazendo algumas novas ideias que influenciam diretamente o destino da comunidade. E o medo que era externo pode estar na intimidade.
Depois de tudo isso, o final é um pouco desolador. Não que seja ruim, mas depois que seus nervos já foram triturados e retorcidos e você está psicologicamente exausto, ele ainda deixa perguntas no ar e o pior,abre espaços para novas.
Tudo sugere que haverá continuação, porém em entrevista a página Mais que Livros, o autor disse que ele tem muitos rascunhos para outros livros e que ele não pensa no momento em continua-lo, ele não descarta a possibilidade, mas não agora. O que eu particulamente, não acredito, porque ele tem um mundo a explorar. E ainda mais porque ele será adaptado.
Os direitos do livro foram comprados pela Universal e Chris Morgan que dirigiu Velozes e Furiosos 6, vai adaptá-lo.
Falando em filme, a trama está sendo comparada ao do filme Pássaros do Hitchcock e ao melhor do King.
Eu sinceramente, como disse antes, não tenho como comparar. O único filme do diretor que assisti foi Janela Indiscreta e ia esquecendo Psicose. E o único livro do King que li foi Sob a Redoma, que achei chatoooooo.
Se eu vou assisti-lo? Não, provavelmente não, mas uma ideia do autor que eu acredito que combinaria muito com a adaptação seria ele ser filmado em preto e branco. Eu também vejo assim.


Espero que tenham gostado.
Um beijo,



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