Título Original: Bokhandleren i kabul
Autor: Asne Seierstad
Tradução: Grete Skevik
Número de Páginas: 277
Editora: BestBolso
ISBN: 9788577990474
Ano:2009
Nota: 7/10
Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã,
na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã, a jornalista
norueguesa Asne Seierstad pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra
aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher
e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de
transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica
fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, Sultan Khan teve
sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de
ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã
transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional.
Resenha:
Neste livro temos a
jornalista Asne Seierstad contando a história de uma família afegã, não uma
família tradicional, mas apenas uma família. “É preciso
frisar que este é o relato de uma família
afegã. Há milhões de outras. A minha família nem sequer é típica.”
A autora simplesmente
tropeçou com o líder desta família e achou que seria interessante contar sua
história em um livro. Também achei interessante, o único problema é que a
jornalista falou mais alto que a escritora. Deixe-me explicar. Por mais que a
autora tente manter um começo-meio-fim isso não existe de fato. Seria muito
melhor se ela simplesmente separasse cada capítulo para um personagem, porque é
a forma como está na verdade. Ela começa contando a história da família pela
visão do chefe, Sultan Khan. Depois de um tempo ela muda, passa para a visão de
um dos filhos, das irmãs, da primeira esposa. E por aí vai. Qual o problema? Você
percebe que a intenção dela não era essa. Ela queria contar em ordem.
Estou sendo meio chata,
mas é que não achei o livro tão bom assim. Fora essa bagunça em relação a quem
conta a história, temos também a jornalista gritando para contar a historia do
país, da guerra e do sofrimento. Então de repente, no meio de uma cena, ela
interrompe e começa a contar sobre esses fatos. Deveria ser normal, mas não
fica. Parece Tele-curso de historia, alguém conversando ou vivendo em Cabul, e
de tempos em tempos a cena congela para falar sobre a história da cidade. E ela
não tem ordem cronológica. Se você domina BEM historia não terá problemas, mas
eu sou meio devagar com isso. Não adianta jogar os fatos em cima de mim, como
se eu soubesse exatamente do que você está falando. Até porque eu gostaria de
ler sobre a família de Cabul, suas tradições e tal, jogar fatos históricos de
invasão, disso e daquilo não me ajuda muito.
Ainda prefiro O caçador
de pipas XD
PS: Existe Eu sou o livreiro de Cabul, onde o próprio Sultan (que não se
chama assim de verdade) responde à Asne e ataca ferozmente. O personagem de Asne
é muito chato, mesquinho e se considera liberal, mas daqueles ‘Sou liberal com
os outros, não com os meus’. Pelas resenhas que vi, não vale a pena ler, mas
digo a vocês que ele existe.
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