[Resenha de Tinta] Fahrenheit 451

Autor:  Ray BradBury
Tradutor:  Donaldson M. Graschagen
Número de páginas: 193
Editora: Circulo do Livro
Ano: 1987
ISBN: 0
Sinopse: Imagine uma época em que os livro configurem uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são absolutamente proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, anestesiada por informações triviais, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se podem dialogar, como se estas fossem de fato reais. Este é o cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa séria crise ideológica. Sua esposa passa o dia entretida com seus "parentes televisivos", enquanto ele trabalha arduamente para comprar-lhe a tão sonhada quarta parede de TV. Sua vida vazia é transformada, porém, quando ele conhece a vizinha Clarisse, uma adolescente que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo. O sumiço misterioso de Clarisse leva Montag a se rebelar contra a política estabelecida, e ele passa a esconder livros em sua própria casa. Denunciado por sua ousadia, é obrigado a mudar de tática e a buscar aliados na luta pela preservação do pensamento e da memória. "Fahrenheit 451" é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece não esmorecer.

A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. Fahrenheit 451 é dividido em três partes: A lareira e a salamandra, A peneira e a areia e O clarão resplandecente. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.

Resenha:
  Sinceramente, a única sinopse que eu achei do livro, no Skoob, mais parece uma resenha, então não tem muito mais o que comentar (a edição que eu li não possui sinopse).
  Basta dizer que todos nesse sistema são completamente, absurdamente alienados. Citando o exemplo das famílias virtuais, cujos programas e interações não fazem nenhum sentido, sem possuir uma lógica (linear ou não). Ou mesmo o exemplo dos bombeiros. Imagine-se viver em uma sociedade onde ter livros fosse proibido? Onde lê-los fosse um crime? Eu tenho um arrepio só de pensar.
  Uma coisa que me deixou um pouco infeliz com esse livro foi o final dele. Fechei o livro esperando uma conclusão, sabe? Mas, mesmo assim, é um livro bom e que merece ser lido.
    Apenas um comentário final sobre distopias em geral: vocês já perceberam que nessas distopias o povo é absurdamente alienado e não tem acesso à cultura? 

Quotes:

"[...]Ele se via como que entre um enxame de pirilampos. Enquanto isso, os livros, entreabertos, morriam na varanda e no gramado da casa. Os livros se consumiam em redemoinhos fulgurantes e as cinzas eram dispersas por um vento escurecido pela fuligem." pág. 11

" - Às vezes, sou uma múmia. Tenho medo dos jovens da minha idade. Eles se matam uns aos outros. Será que sempre foi assim? Titio diz que não.[...] Mas isso foi há muito tempo, quando as coisas eram diferentes. Eles acreditavam em responsabilidade, diz titio.[...]"





2 comentários

  1. Oiii,
    Nossa nunca tinha ouvido falar deste livro... Livros proibidos, que horror ainda bem que está epoca não existe, hehehehe.
    BEijos!
    Katielle

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  2. 'vocês já perceberam que nessas distopias o povo é absurdamente alienado e não tem acesso à cultura?'
    Na vdd, vc percebeu q caminhamos para isso? #aterrorizante

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