[Resenha de Tinta] Bios


Página no Skoob
Autor: Luiza Salazar
Capa: Marina Avila
Número de Páginas: 325
Editora: Underworld
ISBN: 9788564025158
Ano:2011
Nota: 8/10

Sinopse: Quando Liz abre os olhos, ela se vê nas ruínas de uma cidade. E como se isso não fosse assustador o suficiente, tem mais um detalhe: Ela não se lembra de nada. Completamente perdida e sem nada além de uma mochila com alguns itens pessoais, Liz logo é resgatada por um grupo de adolescentes com ela, apenas para descobrir que eles são refugiados em um mundo onde ser humano é um crime. Uma grande corporação conhecida como O Instituto, responsável por criar vida artificial – no chamado Projeto Bios – está caçando os humanos restantes sob o pretexto de que eles são selvagens e instintivos demais para serem livre. A medida que passa tempo com estas pessoas, perturbada por fragmentos de memórias que não consegue conectar, Liz logo começa a suspeitar que o item do seu passado, aquele que ela não consegue lembrar, pode ser o segredo para a acabar com a guerra. E que o Instituto vai fazer de tudo para ver esse segredo – e ela – enterrados para sempre.

Resenha:
Devo dizer que estou cada vez mais encantada com os livros da Luiza Salazar. Ela tem uma ótima imaginação e escreve muito bem.
Liz começa sem memória, mas com tudo que ela carrega na mochila e a história que contam para ela sobre ‘o que está acontecendo no mundo agora’ dá para saber quem ela é, ou melhor, o que ela é, já nas primeiras páginas. Então vem a parte importante, ‘O que Liz fará da sua vida?’ hummm
Os personagens são muito cativantes, adorei demais a pequena Poppy irmã caçula do líder da Área 2, Liam. Os gêmeos Adam e James também são ótimos. Sobretudo Otto com suas loucuras me arrancou muitas gargalhadas! Principalmente porque o achei meio parecido com meu namorado (por favor, não perguntem!). De qualquer forma, a personagem principal é Elizabeth e você não vai querer entrar em uma briga com ela, não mesmo! Pode perguntar ao Hammer ;) A Claudia com seu jeitão marrento tenho certeza que guarda um grande coração, do mesmo tamanho do coração do Evan. Apenas um pequeno OBS, nenhum dos personagens fora Liam e Poppy foram apresentados a Liz. Quero dizer, não houve nada como: ‘Liz, estes são James e Adam.’ Todos apenas brotaram na história. Ou, quer dizer, ela perguntou quem era o Hammer e lhe disseram. Apenas isso.
O livro me lembrou um pouco Jogos Vorazes, não tenho experiência suficiente para saber se todos os livros distópicos são assim, mas a semelhança é em relação ao governo opressor, nesse caso o Instituto e não o governo em si. As pessoas na cidade que desconhecem o destino dos refugiados. E principalmente, o preconceito de um com o outro.
Mas nem tudo são flores. Claro que a capa sendo mais uma criação da Marina Avila, está ótima como sempre. Mas a edição em si, hummm, acontece que há muitas palavras repetidas, escritas erradas e erros de digitação. E o livro que tenho em mãos, após ter sido lido por muitas pessoas perdeu o título e o nome da autora. Tomara que a Under já tenha resolvido esses problemas, pois ainda tenho uns livros dessa editora em casa para ler.
Ainda reclamando, agora com a autora. Ela deixou de usar muita coisa... Por exemplo o conteúdo da mochila de Liz. Ela perdeu um tempo descrevendo tudo que havia ali, mas durante TODO o livro ela usou apenas a arma. Para que então colocar o resto? Veja bem, eu creio que uma história tem muito mais coisas que tempo para contá-las, então colocamos apenas o que é necessário. Logo, se não ia usar o conteúdo da mochila, e esta serviu unicamente para ter o nome ‘Liz’ não podia usar de outro artifício? Se ela acordasse do jeito que estava, com a arma na mão e uma pulseira de identificação com ‘R, Elizabeth’ seria muito melhor.
Outra coisa, Liam não permite que Poppy vá a nenhuma missão perigosa, e a cidade em ruínas não tem mais nada além de Batedores ou Varredores (chame como quiser porque você s[o não vai querer se encontrar com eles), então pergunto: ‘Como eles estavam procurando comida ali? E sozinhos?’ Mais um elemento que só serviu para aproximar Liz da Área 2.
E temos Otto, um dos melhores personagens e mais mal explorados. Ele tem muito potencial, mas quase não faz nada de fato. Se ele é um gênio, porque não usaram nada que ele tenha criado?
E agora o pior de tudo, por favor, pule para o próximo parágrafo porque isso é SPOILER. Não diga que não avisei! Para você que leu o livro, cadê o Hammer? Ok, eu também imagino o que houve, mas entre ficarmos imaginando e discutindo as possibilidades, custava tanto assim à autora dizer o que houve? Ficou a sensação que ela e todos os personagens se esqueceram dele! Depois do que ele fez não acho que alguém da Área 2 tenha esquecido.
Depois desse balde de água fria, volte para o começo da resenha e leia: ‘Devo dizer que estou cada vez mais encantada com os livros da Luiza Salazar. Ela tem uma ótima imaginação e escreve muito bem.’ E entenda que apenas acho que poderia ser melhor ^^ e principalmente, eu gostaria de saber porque ela não usa nenhum elemento nacional. Vocês repararam nos nomes dos personagens? Parece um livro americano e não brasileiro! Isso me deixa um pouco triste, mas tudo bem...
Por último e muito mais importante gostaria de agradecer a quem me permitiu ler essa obra. Este é um livro viajante que infelizmente como já falei perdeu o título e tal, portanto a dona não achou que ele agüentaria uma nova viagem. Mesmo assim ela confiou em mim para uma última parada! #emocionada
Agradeço a você Kycia, nunca se esqueça que minha estante está aberta sempre que quiser! 

Um comentário

  1. Não sei, parece que a autora queria terminar esse livro o mais rápido possível e deixou tudo meio que no rascunho... acho que eu só tinha expectativas demais pra ele.
    Que bom que você aproveitou bem a leitura! =D

    Beijão

    ResponderExcluir

Agradecemos pelo comentário!