Ano 2007
Autora Lionel Shriver
Idioma Português
Editora Intrínseca
Páginas lidas 464/464
Há alguns dias atrás, comentei com uma amiga gestante:
"Cara, meu feed do instagram é só mulher grávida, recém-nascidos e lactentes, será que preciso colocar uma camisinha na tela? Risos de todos."
Mas em seguida, vem aquela pergunta já exaustivamente ouvida: "E o seu, quando vem?". Minha resposta, na maioria das vezes, é uma saída pela tangente e percebo como a maioria das pessoas se chocam com isso; como se a vida devesse seguir um script, e eu estou me atrevendo a desobedecer. Antigamente me importava mais com isso, hoje só dou um sorriso de amabilidade e encerro o assunto.
Por esse motivo, quando me deparei com esse livro, não pude deixar de lê-lo.
Por esse motivo, quando me deparei com esse livro, não pude deixar de lê-lo.
Resenha: Eva é uma mulher com carreira estabilizada e próspera, um casamento feliz e se sentia satisfeita assim. Até que por pressões externas e internas, e pela própria idade avançando, cedeu aos apelos do "script" e deu à luz ao Kevin.
Durante o tempo todo em que estive grávida, combati a ideia de Kevin, a noção de que eu havia sido rebaixada de motorista a veículo, de proprietária para o imóvel em si. Já não tenho mais tanta certeza se me arrependi do nosso filho meses antes de ele nascer.
Não é um livro sobre Depressão pós-parto, bem longe disso. É um relato fictício mas com personagens bem desenvolvidos e com descrições viscerais sobre a maternidade como ela é, sem sentimentalismo ou divagações poéticas. Kevin não era uma criança comum, era um sociopata extremamente argiloso, cuja faceta do mal só era visível para Eva, sua mãe.
É só isso que eu sei. Que, no dia 11 de abril de 1983, nasceu-me um filho, e não senti nada. Mais uma vez, a verdade é sempre maior do que compreendemos. Quando aquele bebê se contorceu em meu seio, do qual se afastou com tamanho desagrado, eu retribuí a rejeição.Se você, assim como eu, não é mãe e também tem muitas ressalvas sobre a maternidade, leia agora!!
Mas independente de ser homem/mulher, mãe/pai ou não, Precisamos falar sobre Kevin é um livro, no mínimo, excepcional! Já era favorito antes mesmo de chegar ao final!!
Só leiam!!!
Bjinhos!!
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