Resenha de Tinta: À Margem das Sombras


O MINISTÉRIO DOS BLOGUEIROS E O MUNDO DE TINTA ADVERTEM: ESSA RESENHA É DO LIVRO 2 DE UMA SÉRIE, PORTANTO SE NÃO LEU O PRIMEIRO, PARE!
ENTRE AQUI , LEIA A RESENHA DO LIVRO 1 E DEPOIS VOLTE :)

Série: Anjo da Noite - Livro 02
Autor: Brent Weeks
Páginas: 416
Editora: Arqueiro
Ano: 2017

Masssss se mesmo sendo avisado, você quer ler a resenha do livro 2, vou recapitular a história para você. 
No livro 1, vemos o órfão de guilda, Azoth, se transformar no derramador Kylar Stern, depois de passar por 10 anos de treinamento com o melhor assassino da cidade, Durzo Blint. A cidade de Cenária vive o pior momento político possível: um rei fraco e incompetente, nobres corruptos se organizando para tomar o trono e a organização criminosa Sa'kagé comandando geral no país. 
Melhor momento para o quê? Ser invadida pelo país vizinho que é governado por um deus-rei cheio de magia. 
Quem queria matar o autor com aquele final?


Mas respiro, entro no modo Jedi e aguardo pacientemente a continuação :D

Então agora vamos à resenha do livro 2:
“... Não havia um olho que não estivesse arregalado. Não era somente o vir ou a majestade inerente de Garoth que os deixavam pasmos. Eram os cadáveres empilhados como lenha dos dois lados e atrás dele, emoldurando-o como a uma pintura. Era o sangue e os miolos espirrados na roupa branca.” Pág. 16
Cenária está à mercê de um ser louco e insano – Garoth Ursuul. Um homem que se julga um deus todo poderoso e quer alcançar toda a Midcyru. E o único que pode impedir isso, não quer. Quer ter uma vida ‘normal’ ao lado de Elene e Uly. Para isso, Kylar segue em direção a Caernarvon, capital de Waeddryn, país vizinho.
“...Caernarvon era como o ouro – às vezes de tolo – da esperança. Seu vício era a cobiça. Em sua própria imaginação, cada mercador ali era o governante do próximo império comercial. Cenária era o cobertor sufocante e fétido do desespero. Seu vício era a inveja. Lá ninguém construía impérios. Todos só queriam um pedaço do império do outro.” Pág. 56
Kylar chega ali com uma carroça cheia de ervas secas e os demais produtos para abrir uma botica. Parte do seu aprendizado com Durzo afinal teria uma boa utilidade. Kylar acredita que só por querer, pode abandonar a vida de derramador. Mas o sangue chama pelas sombras. Retribuição brilha pedindo pela noite. O ka’kari insiste em ser usado.

Mas Kylar resiste.
Neste volume, o autor nos explica o que são os ka’kari, quantos são e onde provavelmente se encontra cada um. A história se enche de muita magia. Apesar de muitas informações, a narrativa não perde o dinamismo e a pegada de tiro, porrada e bomba.
Enquanto isso, Logan Gyre, herdeiro do trono, que havia se jogado na Bocarra fugindo da morte certa, está vivendo um verdadeiro inferno tentando se manter vivo e humano. O Cú do Inferno não é habitado por pessoas, mas por seres desprovidos de civilização e humanidade. E a chave para a sobrevivência nesse lugar, é se despir de tudo que seja normal.
Logan antes da Bocarra 

Cara, um conselho: aguentem firmes os trechos de Logan. O autor se reúne de uma crueza tão grande que não dá pra não se sentir dentro daquele lugar terrível. E daí você tem a exata noção do quanto o ambiente nos afeta e nos transforma. Trash.
Do lado de fora, o Sa’kagé tenta permanecer em pé, mesmo com os khadoris tentando destruir as Tocas de qualquer jeito. Jarl se utiliza de tudo o que tem e de tudo o que aprendeu para reerguer o povo.
“... – Proponho que você saia do padrão. Dê aos seus patifes uma chance de vida melhor; um caminho melhor para os filhos deles e uma chance de se verem como heróis. Assim, você terá um exército. O coração de Jarl estava martelando, a mente em disparada. Era audacioso. Era grande. Era uma oportunidade de usar o poder para algo mais do que simplesmente manter o poder. Podia ver os esboços de um plano começando a se encaixar.” Pág. 83
E decide ir atrás da única solução: Kylar Stern.
Mas Kylar tem seus próprios demônios para matar. Ao tentar viver de uma forma normal, precisa abrir mão de tudo o que tem sido nos últimos 10 anos, e isso tira toda a sua estrutura. Então ele se reencontra com Dorian Ursuul e tem certeza de que alguns planos nunca dariam certo mesmo.
“... – Nas minhas visões – disse Dorian, como se Kylar não tivesse falado -, eu me vejo chegando a um lugar onde minha felicidade está a uma mentira de distância. Vou olhar nos olhos da mulher que amo e que também me ama e saber que, quer minta ou diga a verdade, ela ficará arrasada. Nesse sentido, somos irmãos, Kylar. O Deus dá problemas mais simples para homens inferiores. Estou aqui porque você precisa de mim.” Pág. 100.
Nesse livro também é explicado de onde vem o poder de Kylar e porque ele foi escolhido para ser o portador do ka’kari negro. A mitologia criada por Weeks é totalmente inovadora. Se lança de conceitos diversos, tirados de pontos distantes, mas que no final ficam muito bem todos juntos. Um mundo onde tudo parece ser, mas não é. Complexo? Não! Brent Weeks tem o dom de te levar pelas estradas mais tranquilas nesse mundo louco!
Também vamos conhecer o Chantry e as Irmãs, bruxas cheias de poder e que buscam a plenitude dos Talentos. Mas como elas fazem isso, é outra coisa...
Essa história não dá pra ser uma trilogia. Poxa vida, o livro três tem que ser enorme pra explicar tudo que ainda precisa ser explicado. O final desse livro é muito, muito inesperado. Tipo, não dá pra terminar um livro assim...UMA VERDADEIRA BOMBA NA ÚLTIMA PÁGINA!!!

Capa americana do livro 3

Então, digo: só leiam!
De acordo com informações da editora Arqueiro, em julho será publicado o livro 3. Até lá, vou continuar fazendo minhas 382 teorias a respeito do final...







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