Autor:
Karin Slaughter
Número
de páginas: 400
Editora:
HarperCollins Brasil
Ano:
2017
Flores Partidas.
Quando li o título, pensei
“que nome estranho para dar a um thriller policial”.
Os Carroll eram uma família
típica americana. Lindas meninas loiras e de olhos azuis. Júlia, Lydia e Claire.
Júlia, a mais velha, desaparece de forma misteriosa aos 19 anos e isso
desestrutura toda a família. Lydia precisa assumir o papel de mãe de Claire por
que seus pais estão afundados em sentimentos de culpa e remorso.
Questionamentos de onde estavam quando aconteceu, ela foi sequestrada, fugiu
com um grupo de hippies... todas sem
resposta.
É então que surge Paul, um
rapaz nerd, que ama Claire mais que tudo
e começa a lhe dar um sentido na vida. Mas esse mundo perfeito que está em
construção é ameaçado quando Lydia diz à irmã que o cunhado tentou estuprá-la.
E Claire decide acreditar em seu mundo perfeito e vira as costas pra irmã,
deixando-a no seu inferno de vícios.
Dezoito anos se passam e a
vida perfeita de Claire se torna mais perfeita ainda e Lydia em processo de
renascimento. Helen, sua mãe, também não acreditou nela, o que deixou a mulher
totalmente isolada de sua família, tendo que juntar forças onde quer que
achasse. Para ela e para Dee, sua filha.
É quando ocorre o impensável:
no auge de sua vida, Paul é morto. E o mundo de Claire desaba. Ela se torna uma
estranha em sua própria casa, pois tudo em sua vida era regido por Paul. E ao
mexer no computador de Paul para pegar arquivos de trabalho, descobre uma outra
vida do marido. Um outro Paul. E começa a questionar todos os últimos 20 anos
de sua vida.
Este livro foi um desafio
resenhar. É um thriller policial, mas é um drama e é também um suspense
psicológico. O que abordar?
- Os dramas vividos por uma família desestruturada pela perda?
- A suspeita de descobrir que os 20 anos de seu casamento não foram verdadeiros?
- Quem era Paul Scott?
A perda de Júlia é algo
lembrado no livro inteiro através das diversas cartas que seu pai escreve a ela
numa última tentativa de conviver com a filha.
Não quis dar muitos detalhes para que cada um vivencie a leitura de forma completa.
Esse livro é intenso de uma
forma que te faz repelir e atrair. A curiosidade humana sempre foi o motor de
propulsão das descobertas e com esse livro não é diferente. O sofrimento te
atrai, mesmo você querendo a maior distancia possível.
Leitura muito válida.
Experimentem.
Se você se interessar pela história de Júlia, tem um livro contando sua vida.
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