Resenha de Tinta: O Circo da Noite

Autor: Erin Morgenstern
Editora: Intrínseca
Tradutor: Claudio Carina
ISBN: 9788580571608
Páginas: 365
Ano: 2012
Nota: 5/5

 Sinopse: Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar. Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá. Leia mais no Skoob.

 Resenha:

O personagem principal do livro é o próprio Circo, sim, com letra maiúscula. Logo no 1º capítulo somos apresentados a ele e quando no capítulo seguinte a história não parece mais ser dele dá um desespero. A história começa então com um mago ilusionista que trabalha fazendo truques no palco, mas o que o público não percebe é que seus truques são reais. Um dia ele descobriu que tinha uma filha, Célia, e que ela havia herdado seus poderes. Ele a treina e propõe a um velho amigo/adversário(?) que eles joguem um jogo. Nós não conhecemos/entendemos as regras, assim como a menina mas o acordo é feito. O velho amigo, Alexander, encontra um garoto de orfanato que sirva aos propósitos, Marcus, e também o treina. O livro passa a falar do treinamento das duas crianças e não se fala mais no jogo. É frustrante não saber as regras ou que se espera dos jogadores, mas os próprios também não sabiam.

A história vai se desenrolando qual um novelo de lã sem pressa de chegar ao fim. Entremeado disso há visões do Circo, como se fôssemos expectadores e, sinceramente?, Eu não consigo me imaginar saindo do Circo no fim da noite, ou melhor, no início da manhã. Eu lia e respirava pelas partes do Circo. Essas partes são tão boas que me deram a sensação do restante ser morno, mas não sei dizer. O problema é que eu só queria saber de conhecer novas tendas, novos sabores, novas atrações! Que se danasse o jogo!

Quando o jogo realmente começa é quando o Circo começa a tomar forma e ver o nascimento dele também é incrível. Mas não se deixem enganar ou iludir, a única coisa clara desde o princípio é que um dos jogadores tem que morrer para haver um vencedor. Quem ganhará?! E como?! Achei deslumbrante! A história toda se passa entre 1873 e 1902. Os capítulos começam com as datas, não se perca na leitura ;) No Circo se misturam magia e tecnologia, mas sem ser steampunk. Toda a tecnologia é da época, mas o Circo é tão incrível e parece de tal forma um sonho que você pensa que o relógio puramente mecânico deve ser encantado, e não percebe que o carrossel possui animais vivos de madeira!

Os personagens secundários tem uma participação ativa e um charme todo próprio. Levei um bom tempo até entender a participação deles na história, mas como eu mencionei, eu estava distraída demais com o Circo rsrssrsrsrs

É uma leitura que eu recomendo a todos, mas os não amantes de fantasia precisam expandir a mente ao ler esse livro. Há muito a descobrir em cada linha e entrelinha. Não me foquei muito na história para não estragar sensações e surpresas. Apenas leiam!

 Se vocês quiserem ler a descrição do relógio (minha parte favorita) é só clicar no botão abaixo.



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Um comentário

  1. Pela sua resenha acho que vou amar. Não sabia que era de época e não leio muito fantasia. Sempre deixo ele pra depois e está mais que encalhado aqui na estante.

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