Resenha de Tinta: A megera domada / A tempestade

DESAFIO ALFABETO LITERÁRIO – JUNHO


Olá queridos! Estou de volta por aqui... Não pude vir em Maio, mas vou compensá-los com não somente uma, mas com duas resenhas!!
Como vocês podem relembrar, no post de apresentação do Desafio de Junho, declarei que iria ler Ian Fleming, mas o livro escolhido me decepcionou absurdamente e eu tive que passar para outro... 
O que me levou a pensar em Willian Shakespeare! Na verdade, ele deveria ter sido minha primeira e única escolha, mas eu deveria estar muito distraída e por isso não pensei nele. Que vexame...


Mas apesar do vacilo, tive a chance de me absolver e falar sobre o Bardo que hoje já é um dos meus autores queridinhos!! *-*
As peças A megera domada e A tempestade são histórias opostas em trama, mas decidi juntá-las para apresentar a vocês as diversas facetas que esse gênio pode oferecer.

A Megera domada

ISBN: 8525408824
Editora: L&PM
Ano: 1998
A megera domada foi escrita entre 1593 e 1594, é uma comédia que conta a história de Catarina e Petrucchio. Batista é pai de Catarina e Bianca. Bianca, a caçula, é doce, bela, gentil e já possui vários pretendentes a marido. Catarina em contrapartida é ácida, rude, pouco formosa e repele os pretendentes como moscas. 
Apavorado com a situação de Catarina, seu pai decide que Bianca só será desposada depois de sua irmã. Logo, todos os pretendentes de Bianca vão à caça de um azarado para casar-se com a tal megera. Assim, encontram Petrucchio recém-chegado à cidade, um caipira bruto e rústico que vê no dote de casamento, a salvação para sua fazenda.
No primeiro encontro imaginei que seriam farpas sobre farpas, mas me decepcionei ou então Catarina caiu de amores pelo ogro, pois muito pouco se abalou com o casamento, pelo contrário, se mostrou até mesmo aflita quando achou que o noivo não apareceria. Mas ele aparece e submete sua esposa a uma difícil e curiosa ambientação. Rendeu boas risadas!
A maioria das pessoas caem matando sobre o teor machista da história e tal, mas apesar de ser feminista, eu quero frisar o lado cômico da história, e não quero fazer uma grande reflexão sobre os abusos do matrimônio no séc. XVI e que alguns perduram até hoje. O que quero é exaltar o jogo da sedução e o tímido afeto que desabrocha entre os conflitos; ingredientes sempre presentes nas obras de Shakespeare.
Vale lembrar que essa obra virou filme, lançado em 1967 com o mesmo nome, e foi referência para a novela O cravo e a rosa, exibida pela rede Globo no ano 2000.


 


Ok! Agora, uma pausa para mudarmos totalmente de clima e de assunto!
A tempestade, meus queridos, passa beeeeeem longe disso tudo aí! Vamos agora naufragar e acordar numa ilha no meio do nada...



A Tempestade

ISBN: 8525411159
Editora: L&PM
Ano: 2002
É lá que se encontram Próspero, o ex-duque de Milão, e sua filha Miranda, ambos exilados por traição política, junto a eles estão os seus servos: Calibã, um ser humano deformado e Ariel, um espírito com poderes sobre todos os elementos. Próspero foi exilado após ser traído por seu irmão usurpador Antônio juntamente com o rei Alonso.
A peça mostra Próspero, um mago que invoca a Tempestade para que os navios que carregam Antônio, o rei Alonso e outros nobres, possam afundar e atracar em sua ilha. Quando tem sob seu domínio as pessoas que lhe causaram tanto mal, Próspero se supera em matéria de articulação, para conseguir o casamento entre sua filha e Ferdinando, o príncipe filho do rei Alonso.
A partir daí, temos muita magia, vingança, conspirações, romance, mas também redenção e compaixão...
Também virou filme, lançado em 2010, sob o mesmo nome da obra de referência.


Não é uma das minhas favoritas (ainda prefiro as tragédias), mas pelos diálogos magníficos e espirituosos é uma daquelas que gostaria muito de ver encenada!!
Shakespeare foi um gênio e prova disso é que até hoje suas obras continuam atuais e sempre sendo estudadas, encenadas e reinterpretadas por todo o mundo.

E aí queridos, gostaram da dobradinha do Bardo? Preferem outras peças? Têm uma opinião diferente? Me contem nos comentários e concorram ao sorteio de comentarista do mês.
Obrigada pela visita.
Bjinhos!!




3 comentários

  1. A Megera domada eu gostei do livro, mas prefiro as adaptações, ficaram mais divertidas, inclusive a novela O Cravo e a rosa, amava!
    A Tempestade ainda não li, porém, quero ler e logo!
    Amei a premissa, parece ter um final bem surpreendente!
    bjoss

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    Respostas
    1. Oi Ana! Concordo contigo, também achei a novela bem mais divertida! A Tempestade vale super a pena ler, vc vai se emocionar.
      Bjos e obrigada pela visita.

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  2. Muito legal essa resenha dupla sobre dois clássico. Do autor só li Romeu e Julieta e confesso que tive certa dificuldade em ler já que o texto é todo dividido em falas (achei meio chato de ler) mas adoro as histórias de Shakespeare.
    Sempre bom saber um pouco mais de seus enredos, não conhecia Tempestade e achei interessante. Obrigada pela dica!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

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Agradecemos pelo comentário!