Resenha de Tinta: A nova república


Autor: Lionel Shriver
Número de páginas: 384
Editora: Intrínseca
ISBN:  9788580576313
Ano: 2015
Nota: 4/5
Sinopse: Há anos um grupo separatista da região de Barba, em Portugal, explode bombas ao redor do mundo como estratégia para conseguir a sua independência. A comunidade internacional vive aterrorizada com os atentados implacáveis e imprevisíveis e a autodeterminação de Barba é um dos temas centrais e mais quentes da política mundial. A capital, Cinzeiro, abriga jornalistas de toda parte, entre eles o recém chegado Edgar Kellogg – advogado bem-sucedido que trocou a carreira em Nova York pelo entusiasmo e a imprevisibilidade do jornalismo. Hostilizado na infância por ser gordo, construiu uma idolatria por personagens magnificentes. Quando lhe oferecem uma vaga de correspondente em Barba, península ficcional de Portugal onde surgiu um movimento terrorista, Edgar não hesita. Enviado para substituir o excepcional repórter desaparecido Barrington Saddler, o novato reconhece nesse homem grandioso a figura que deseja imitar. 


Resenha: 

Olá amigos,
O livro de hoje é da querida Lionel Shriver, autora que a minha pessoa sempre quis conhecer. Havia escutado vários elogios à ela, principalmente pelo o livro Precisamos falar sobre Kevin que está na minha lista de desejados faz algum tempo. Mas como A nova república estava na minha estante, peguei ele para o desafio. Lembrando que esse é meu primeiro contato com a autora. Vamos lá!


A primeira coisa que eu notei no decorrer do livro é que a escrita de Lionel é muito boa, inteligente e bem desenvolvida. E que ela pegou uma história que em primeira impressão é bem desinteressante, e transformou em uma narrativa que carrega uma crítica social e política. 
Na história temos Edgar Kellogg, um homem a beira dos quarenta anos, advogado, e que se vê como um fracasso em todos aspectos possíveis. Causa até um desconforto  o quanto de insignificante Edgar se sente naquele momento de vida. Na realidade, ele se sentiu assim a vida toda, principalmente na adolescência quando ele sofreu pela sua obesidade, e assim cresceu tentando idolatrar aqueles que são melhor do que ele. Mas na sua mente ele rebaixa todos com quem  entra em contato.
"A verdade é que eu não gosto muito de pessoas."
Então, Kellogg resolve largar a carreira de direito para ser freelance em Barba, local onde existe uma organização terrorista denominada SOB (Soldados Ousados de Barba). 
Edgar tem a oportunidade de ser o correspondente substituto nessa península localizada em Portugal, onde se encontrava o desaparecido Barrington Saddler.  É nesse âmbito que Kellogg acredita que pode pelo menos uma vez na vida fazer algo que vale a pena. Mas ele também encontra-se no dilema de superar o status que Saddler possuía e que aliás, era o tipo de pessoa que Edgar odiava. Os personagens que rodeiam Kellog são muito bem desenvolvidos. Personalidades surpreendentes e que carregam peculiaridades únicas. 
Em meio ao ataque terrorista do SOB, toda a imprensa se move para a correria de passar os acontecimentos na mídia. E é aqui que a Lionel coloca uma crítica ao jornalismo manipulador, no que a mídia publica e a verdadeira história por trás dela. A autora coloca uma sementinha de desconfiança na mente do leitor para toda as vezes que pegarem alguma informação na mídia saberem que aquela informação é utilizada  muitas vezes para diversos fins. 
Eu gostei do livro. Acredito que irei gostar mais de outros da autora. Por causa de certas partes que aparentemente são cansativas, diminui minha nota no livro, mas isso não interfere na ótima escrita da autora. Já tenho quase todos os livros dela e sei que me tornarei uma fã. 
 Terminando, acho que nem todos podem gostar do livro, principalmente por tocar em assuntos que não são tão desejáveis. Na minha visão eu me apeguei um pouco pelo livro falar sobre jornalismo, área a qual eu estou estudando.
 Indico o livro, mas que fique em mente que é o tipo de livro que possui uma carga pesada. 

Espero que tenham gostado,
até a próxima!
Bjos






2 comentários

  1. Quando comecei a ler Precisamos falar sobre o Kevin, achei o escrita dela meio lenta e monótona, mas aos poucos me apaixonei. O tema é pesado, mas ela soube conduzir a história bem e surpreendeu com um final diferente. Quero ler outros dela, esse é um que já estava na minha lista de desejados agora quero ler mais ainda.

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    1. Olá Giselle, acho que a escrita dela é algo que nem todo mundo vai gostar sabe. Mas eu já gostei no primeiro contato e aliás Precisamos falar sobre kevin é meu desejado dela. bjos e obrigado pelo comentário!

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Agradecemos pelo comentário!