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Agora, ao que interessa:
Morella
Este conto é uma história de amor, à la Poe é claro. Logo de começo ele nos confunde em dizer que não sente paixão pela esposa, mas sim uma afeição que ele não consegue definir. Não sei se é porque ando lendo muitos romances ou o que, mas eu senti ao longo de todo o conto o amor dele por Morella, mas ao mesmo tempo a luta contra um outro sentimento, algo ruim e inexplicável. E é nesse sentimento que reside o cerne da história. Morella é uma bela mulher e muito inteligente, cabe aqui dizer que fiquei impressionada com o não-machismo do conto. Mas Morella em fato não era uma mulher comum, seus interesses passavam longe do comum, independente de gênero. Ela gostava de misticismo e histórias consideradas pura fantasia, coisas que ninguém deveria levar a sério. Mas ela levava e discutia com seu marido por horas e horas. E aqui começa a loucura dele e o nosso terror. A questão é: dessa vez não sei dizer ao certo se ela realmente era quase uma bruxa ou se ele que estava louco. Invocando o grande Machado de Assis com sua Capitu, me dá a entender que é a mesma coisa, Morella é inocente ou não? A grande questão: Morella atormentou sua filha ou o pai que o fez? O que houve em fato no batizado da criança? Não sou expert da obra de Poe, muito menos de sua vida. Tudo que sempre escrevi nas resenhas desse desafio são fruto da minha cabeça, se minha análise está certa ou não, não me importa. O que eu sei é que mais uma vez Poe nos brindou com seu brilhantismo e a capacidade de nos fazer discutir por horas a fio sobre o que de fato conta a história.
Oi Agatha! Realmente esse lance do Literatortura foi uma decepção pra mim, uma pena não ter dado certo.
ResponderExcluirEsse conto lembra bem a questão do Machado de Assis mesmo, todas as pessoas que comentaram dele comigo também estão cheia de dúvidas!
Vou publicar sua resenha lá na página ok? Bjs!
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