Resenha de Tinta: A Companhia Negra

Título Original: The Black Company
Autor: Glen Cook
Tradução: Edmo Suassuna
Número de Páginas: 308
Editora: Record
Ano Publicação: 2012
ISBN: 9788501099211
Nota: 9/10

Sinopse: Durante tempos imemoriais, o Dominador e a Dama, o mais poderoso casal de feiticeiros já visto, governaram todo o mundo conhecido com mão de ferro. De maneira implacável, eles venceram todos os seus oponentes e corromperam a alma de seus dez piores inimigos, transformando-os nos Tomados, seres condenados a servi-los por toda a existência. Contudo, um grupo rebelde, liderado pela misteriosa Rosa Branca, conseguiu aprisionar os tiranos e seus seguidores em um sono profundo. Leia mais.

Resenha:


Sabe a sensação de que a história começou pela metade? É assim que começamos com a Companhia. Eu não entendia se o narrador estava meio chapado ou eu que deveria ficar para poder acompanhar. Mas é fantasia, tem magos, um vampiro estranho e um ser muito bizarro o ‘Tomado’. Para terem uma ideia, eu parei a leitura por volta da página 30 e fui no Skoob ler a sinopse. EU FUI LER A SINOPSE! Depois disso relaxei e disse ‘Vamos lá Chagas, conte-me sobre seus irmãos’. Vou tentar explicar para vocês: 

O narrador é Chagas, o médico da Companhia. Ele é responsável por manter os Anais e o que estamos lendo é UMA PARTE DOS ANAIS. Logo, ele acha que nós conhecemos aquele mundo e fazemos parte da Companhia. Por que alguém descreveria o brilho do Sol ao contar uma história que se passa no nosso mundo? É mais ou menos assim, então algumas coisas ficam nebulosas, como por exemplo a geografia daquele mundo. Um mundo que definitivamente não é o nosso! 

A Companhia é formada por um bando de mercenários que trabalham juntos. A quantidade de recrutas varia muito dependendo da época, mas ninguém deixa de servir à Companhia a menos que esteja morto. É um trabalho para a vida toda. Imagine piratas, daqueles de navio, aqueles homens estranhos e de todos os tipos. A Companhia Negra é composta de um monte desses piratas! Eles vendem seus serviços a quem quiser comprar. A parte dos Anais que estamos lendo nesse livro é aquela em que a Companhia está sob serviço da Dama através da proteção do Tomado chamado Apanhador de Almas.
Você, que vem depois de mim, escrevinhando estes Anais, já deve ter percebido que evito retratar a completa verdade sobre este nosso bando de canalhas. Você sabe que eles são malévolos, violentos e ignorantes. São bárbaros completos, vivendo suas fantasias mais cruéis, com o comportamento suavizado apenas pela presença de alguns homens decentes.

A Dama possui 10 Tomados a seu serviço e estão lutando para que a Dama seja soberana do reino, ao que me parece, ela quer ser soberana de todo um continente. Como eu disse, visualizar a geografia do lugar é ruim, principalmente porque eu não sou boa disso. Os rebeldes são descendentes da Rosa Branca, a inimiga natural da Dama. São 18 magos que se denominam O Círculo dos 18. 

A mitologia que o Gleen criou é única e sensacional! Depois que você se acostuma com a narrativa de Chagas e aos nomes dos personagens (por ex. Corvo, Calado, Duende, Capitão) e o nome dos lugares (ex. Berílio, Talismã) a leitura é bem prazerosa. A Companhia está sendo usada na guerra entre a Dama e os rebeldes, por isso espere batalhas, artimanhas, politicagem, conceitos deturpados de honra e não saber quem é o mocinho. Porque nessa história não existem heróis, todos são bandidos. Eu escolhi torcer pela Companhia, que ao menos os principais não morressem.
Depois que acostumei com o jeito do narrador a leitura fluiu muito bem, até porque não é um livro grande. Mas perto do final a guerra estava me enchendo a paciência. Os números de soldados de cada lado eram absurdos! Parecia que o continente inteiro estava lutando!!! Mas curti o final em fato. Estou louca pelos próximos 2 volumes :D 

Mas ó, se não ficou claro eu aviso com todas as letras: se você não gosta de fantasia você não vai conseguir sair do capítulo 1!!! Mas se você gosta (não precisa gostar muito, basta gostar) você vai adorar!
Ah, o livro é de 1984 e agora é considerado um clássico da literatura fantástica. E ele merece o título. Realmente, medalhinhas para o Cook #genio



Um comentário

  1. Já tinha visto a capa deste livro e adorei, ele está anotado na minha lista de possíveis futuras leituras, mas depois de ler sua resenha não tenho certeza que irei gostar. Não gosto quando a narrativa me deixa confusa.

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