[Resenha de Tinta] Amaldiçoado

PARCERIA ARQUEIRO
Título original: Horns
Autor: Joe Hill
Tradutor: Barbara Heliodora
Número de páginas: 320
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580413595
Ano: 2015
Nota: 5/5

Sinopse:
Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Além disso, descobre algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis. Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora.
Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim. Joe Hill, autor de A estrada da noite e Nosferatu, já foi aclamado como um dos principais novos nomes da ficção fantástica. Em Amaldiçoado, o sobrenatural é pano de fundo para uma história de amor e tragédia, de traição e vingança. Um livro envolvente, emocionante e cheio de suspense que nos leva a refletir: em matéria de maldade, quem é pior, o homem ou o diabo?

Resenha:
            Ignatius Perrish não se parecia em nada com o restante de sua família. Carismáticos e talentosos enquanto Ig era estranho e asmático, então nada de trompete em sua vida, a causa do sucesso de seu pai e de seu irmão Terry. Mas apesar disso, era feliz e se dava bem com o seu irmão.
            Então em uma dessas brincadeiras bobas e perigosas (porque adolescente parece neném... sem noção de perigo...), Ig conhece Lee, um menino quase de sua idade e que por acaso o salva no final da idiotice brincadeira. Tornam-se então melhores amigos e nem o amor pela mesma garota, Merrin, os separa. Passados os anos e já adultos, Lee entra para o cenário político enquanto Ig e Merrin continuam juntos e felizes.
            Mas então ela é morta e todos acham que a culpa é de Ig. Vivendo um inferno na terra, Ig vai se deixando levar pela maré de coisas ruins que vão acontecendo. Então um dia, para provar e comprovar que o que tá ruim pode ficar pior, Ig acorda com chifres. O.O

            E chifres mágicos! O pacote veio completo!
            De repente todos acham que Ig é padre e querem se confessar. Mas não é o que fizeram, isso ele descobre quando os toca, mas o que eles querem fazer de mal, de errado, de hediondo e... de engraçado também...rs rs
            Ignatius então quase pira o cabeção. Descobre tanta coisa, sentimentos ocultos, sonhos reprimidos... enfim, o que guardamos em nosso mais íntimo, o que algumas vezes não admitimos nem pra nós mesmos.
            E com a ajuda de seus power chifres ele descobre quem matou Merrin! E fica louco de raiva, mas também fica esperto e começa a planejar direitinho à medida que vai descobrindo seus ‘poderes’.
            Eu tenho um problema sério com terror em geral: morro de m-e-d-o. É de verdade. Eu sonho. Sonhar não. Tenho pesadelos.
            Mas tenho curiosidade também...rsrs
            Atração fatal.
            Vi uma parte do trailer do filme e achei curioso. Depois vi o livro e resolvi ler. Então descobri que o autor é filho de Stephen King. O.O
            Quase devolvi o livro.. kkkkkkkkk
            Eu li O Iluminado e fiquei sem dormir direito uns diazinhos...sério. Tem resenha desse livro medonho bem aqui.
            Daí pensei “minha nossa senhora dos remédios vencidos agora me lasquei...”. Tá rindo né... ri não...

            Comecei a ler de dia, claro, e fui indo e indo...
            Não tem terror!

            Claro, tem momentos sinistros e tal, mas nada que me faça perder o sono. Nesse livro tive mais medo da crueldade humana do que do demônio. A natureza deste ultimo é por si só má, mas o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus... como assim tanta maldade! É o tal do livre arbítrio né... Mas voltemos à Ignatius, o Rei das Cobras! É é é é.... as finas e escorregadias escamadas tornam-se suas fãs e seguidoras. Quero muito ver esse filme! Mas a Dani, nossa menina de tinta dos filmes e séries já assistiu e logo vem dizer como foi!

            O livro é narrado em terceira pessoa, mas não dá o distanciamento habitual. Ficou muito bom. Dividido em cinco partes: inicialmente o hoje, os chifres. Depois volta ao passado quando todos se conheceram. Então retorna ao presente, quando Ig se conscientiza de quem ele é agora. Depois uma parte inteira sobre Lee; personagem complexo, com traumas profundos e problemas sérios em uma mente doentia. E, por fim, o desfecho. Todas as peças se encaixam.
            Um ótimo livro. Apresenta algumas discussões teológicas, no mínimo, curiosas, que pode fazer algumas pessoas questionarem dogmas religiosos. Mas não a mim. ;)
            Leiam. Irão gostar!





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