Título original: The Language of flowers
Autor: Vanessa
Dieffenbaugh
Tradutor: Fabiano Morais
Número de páginas: 304
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580413717
Ano: 2015
Nota: 5/5
Sinopse:
Victoria Jones sempre foi uma
menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade
difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família
para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou
pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o
assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e
com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada,
ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa
praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista
local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece
prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do
mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a
assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína
intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado
quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor –
entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.
Resenha:
Para
iniciar essa resenha gostaria de oferecer um buquê de flores para todos os
lindos leitores do Mundo. Nesse buquê eu vou colocar frésia (amizade
duradoura), glicínia (seja bem vindo), angélica do litoral ibérico (inspiração)
e fecharei com uma campânula-branca (gratidão) e um cravo-rosa (nunca
esquecerei você).
Esse
livro conta a história de Victória Jones. Abandonada no nascimento, vive em
lares adotivos e abrigos desde então. Não conhece o que é amor, carinho,
proteção. Aprende a se defender de tudo e de todos com um muro de agressividade
e indiferença. Meredith, a assistente social que cuida do seu processo desde o
início, é a única presença constante em sua vida. E a que menos Victória quer
ver. Sua presença sempre significa que aquela família não a quer mais e que vai
se mudar mais uma vez.
“... Passava o início das manhãs imaginando com qual daquelas
crianças eu teria sido mais parecida se houvesse tido mãe para me levar à
escola todos os dias. Imaginava-me obediente em vez de rebelde, sorridente em
vez de emburrada. Perguntava-me se ainda amaria as flores, se ainda teria
vontade de ficar sozinha.” Pág. 26
Aos 10
anos, em sua última chance de ser adotada, Victória chega na vida de Elizabeth,
uma mulher sozinha com um passado problemático e que só quer dar a menina o que
ela nunca recebeu: amor. Mas Victória não acredita mais nisso. Não acredita
mais em ninguém. E demonstra isso de todas as formas possíveis. Mas Elizabeth
persiste.
Entre
idas e vindas, Victória acaba sendo emancipada aos 18 anos e deixada por sua
conta nas ruas de São Francisco. Seu único conhecimento são as flores. Ela ama
as flores e parece ter uma conexão muito grande com elas. Mas é só. Odeia o
mundo. Odeia as pessoas.
Mas agora
será necessário deixar todo esse ódio de lado para não morrer de fome e não ter
um lugar para dormir. Victória precisará aprender a conviver com as pessoas com
as pessoas. Se não gostar, mas tolerar e respeitar. E a primeira que cruza seu
caminho nesse aprendizado é Renata, dona da Bloom, onde Victória irá trabalhar
e ganhar muito além de dinheiro.
Quando
comecei a leitura tive raiva de Victória. Por ser ingrata. Por ser grosseira. Por
ser do jeito que é. Mas então entendi que ela é do jeito que o mundo, as
pessoas a ensinaram a ser. Como ser amorosa se não recebe amor? Como ser
gentil? Como ser grata?
Ela não
suporta ser tocada. Como iria gostar?
Mas então
chega um momento em que ela quer dar um basta. E é esse o ponto. Ela tem que
QUERER.
“... Lembrei-me das palavras que Meredith me dissera na
Gathering House e outras centenas de vezes antes: Você tem que querer. Você tem
que querer ser uma filha, uma irmã, uma amiga, uma estudante, repetira ela à
exaustão. Eu nunca quisera nenhuma dessas coisas e as promessas, ameaças ou os
subornos de Meredith nunca haviam mudado minha convicção. Mas, de repente, eu
soube que queria ser florista. Queria passar minha vida escolhendo flores para
desconhecidos, meus dias oscilando entre o frio da câmara frigorífica e o
barulho da gaveta da registradora.” Pág.
55
Victória
vai remodelando sua vida aos poucos, e o mais difícil não é amar. Isso ela
consegue, apesar de achar uma tarefa descomunal. O mais difícil é deixar ser amada. Se achar digna de receber esse
amor. Mas ela vai tentar.
"... Talvez os indiferentes, os rejeitados, os mal-amados pudessem aprender a dar amor com tanta abundância quanto qualquer outra pessoa." Pág. 282
E as
flores vão ajudar.
No final
do livro tem um glossário lindo sobre as flores e seus significados.
Também fui pesquisar um pouco sobre a linguagem das flores. No livro, Elizabeth ensina a então pequena Victória que esse tipo de código surgiu na Inglaterra, na era vitoriana. Fui então pesquisar e descobri algumas coisinhas...quem quiser saber um pouco mais é só clicar aqui.
Uma história
emocionante. Linda mesmo.
Olá Pessoal,
E lá vamos nós para mais uma resenha Dupla. Sim! porque eu adoro dar meus pitacos nas resenhas da Sandra. (Eu não sei se ela gosta, mas enfim, é mais forte que eu!)
Pouca gente sabe, mas eu amo flores.
Um dos meus hobbys preferidos, sem ser ler, óbvio, é plantá-las, embora nem sempre eu tenha sucesso.
Rosas: amor. Orquídea: Uma bela mulher. Tulipas: Declaração de amor.
E quem não gostaria?
Olá Pessoal,
E lá vamos nós para mais uma resenha Dupla. Sim! porque eu adoro dar meus pitacos nas resenhas da Sandra. (Eu não sei se ela gosta, mas enfim, é mais forte que eu!)
Pouca gente sabe, mas eu amo flores.
Um dos meus hobbys preferidos, sem ser ler, óbvio, é plantá-las, embora nem sempre eu tenha sucesso.
Comprei esse livro há muito tempo, só por causa do dicionário das flores,mas nunca tinha lido, até que peguei.
Como já dito, o livro conta a história da orfã Victoria Jones. Uma menina arredia que passou por muitas casas e foi devolvida por muitas vezes. Mas então ela fez 18 anos, e precisava arrumar um emprego para se manter já que não estava mais ás custas do Estado.
O livro é desenvolvido em flashbacks e tempo atual e ela vai nos contando sua história.
A princípio eu odiei a Victoria.
Apesar de entender alguns dramas pelos quais ela passou em ser devolvida, eu não conseguia entender seu jeito arredio e mal educado.
Ela teve diversas oportunidades de ser uma criança em um bom lar e recusou todas.
Mesmo quando ela saí da tutela do Estado ao invés de lutar para se firmar na vida, ela prefere ficar a margem da sociedade. Sua única preocupação são as flores.
As flores eram o único meio de comunicação de sentimentos que Victoria se permitia.
Sempre que Victoria desejava se expressar (não, ela não era muda) ela usava as flores. Mas poucas pessoas conheciam o significado de suas mensagens, a não ser pessoas que ficaram no seu passado. As quais ela não quer encontrar.
As flores eram o único meio de comunicação de sentimentos que Victoria se permitia.
Sempre que Victoria desejava se expressar (não, ela não era muda) ela usava as flores. Mas poucas pessoas conheciam o significado de suas mensagens, a não ser pessoas que ficaram no seu passado. As quais ela não quer encontrar.
Realmente eu não a entendia.
Mas aí o livro vai se desenvolvendo, Victoria nos contando sua história, fatos do passado que vem a tona e reencontros.
E eu comecei a entendê-la. Entendi que não basta amar, você tem que se deixar ser amado.
Mas ser amado não é fácil, você tem que querer como a Sandra disse. Não é um exercício fácil principalmente para as pessoas que sofreram e causaram sofrimento como essa menina.
Realmente é um livro lindo.
E para não dizer que não falei das flores, o dicionário encartado no final do livro é belo.
Uma ideia da era Vitoriana, no tempo em que a a comunicação entre os apaixonados era um pouco proibida, as flores mandavam o recado. Uma prática que poderia ter sobrevivido até hoje. Como eu deveria ter nascido no século passado, eu adoraria receber um belo buquê.
Rosas: amor. Orquídea: Uma bela mulher. Tulipas: Declaração de amor.
E quem não gostaria?
Leiam!
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