Título original:
A place called freedom
Autor: Ken
Follett
Tradutor:
Fabiano Morais
Número de páginas:
398
Editora:
Editora Novo Conceito
ISBN:
9788580413304
Ano: 2014
Nota: 5/5
Sinopse:
Escócia, 1766. Condenado à
miséria e à escravidão nas brutais minas de carvão, Mack McAsh inveja os homens
livres, mas nunca teve esperança de ser como eles. Até que um dia ele recebe a
carta de um advogado londrino que lhe revela a ilegalidade da escravidão dos
mineiros e um novo horizonte se abre aos seus olhos. Porém, para realizar seu
sonho, Mack precisará enfrentar todo tipo de opressão das autoridades que não
estão acostumadas a serem questionadas.
Já na idealizada Londres, ele reencontra uma amiga de
infância, Lizzie Hallim, agora casada com Jay Jamisson, membro da família que
tanto o atormentara na Escócia. Lizzie não se conforma em viver submetida aos
caprichos dos homens e constantemente escandaliza a sociedade com seu
comportamento e suas ideias não convencionais. Quando Mack é acusado
injustamente de um crime, ela quebra protocolos e sai em sua defesa, mas o
amigo é deportado para a América.
Mack logo descobre que se trata de uma mera mudança de
continente, não de ares sociais, pois a colônia também vive momentos de tensão:
se na Inglaterra os trabalhadores não desejam mais ser explorados pela elite,
ali os colonos preparam o caminho que os levará à independência do jugo inglês.
Nesta saga repleta de suspense e paixão, Ken Follett
delineia uma época de revoltas contra a injustiça com uma escrita enérgica e
sedutora.
Resenha:
Fazia tempo
que eu não entrava pela madrugada lendo pra poder terminar um livro. E hoje
estou sentindo a maior falta dele...
Mack é um escocês
cheia de convicção do que quer para sua vida. E ele não quer ser mineiro. Não quer
ser propriedade de ninguém, muito menos de Sir George Jamisson. Mack ainda não
sabe bem como fazer, mas tem certeza que vai conseguir: ser livre.
“... – Seja como for, não importa:
vou para qualquer lugar que não seja a Escócia, para qualquer lugar em que um
homem possa ser livre. Imagine só, poder viver como quiser, não como lhe dizem.
Poder escolher onde trabalhar, ser livre para largar o emprego e arranjar outro
que pague melhor ou seja mais seguro ou limpo. Ser dono do próprio nariz, e não
escravo de alguém... não seria maravilhoso?” pág. 44
No século XVIII,
mas especificamente 1766, os mineiros escoceses eram considerados propriedade
dos donos das terras como também seus filhos e esposas. E todos tinham que
trabalhar em troca de um salário absurdamente baixo. Viviam numa miséria quase
absoluta. E tudo isso, baseado em leis! Pesquisando vi que tudo isso é verídico e só mudou 100 anos depois quando o Parlamento Britânico instaurou leis que defendiam os direitos dos mineiros.
Já imaginou passar 15 horas assim? >.< |
Ou assim.... |
Castigos físicos
também eram passíveis e o pior deles era o rodízio, onde um homem ficava preso
junto aos cavalos puxando água de dentro da mina, fazendo o mesmo trabalho. E Mack
passou por isso. Porque queria ser livre. E os Jamissons não permitiriam que a
menor faísca fosse acesa. Mas Mack era forte. Determinado. E mesmo quando
achava que ia morrer debaixo das patas dos cavalos, encontrava forças em seus
companheiros que lhe ajudavam como podiam.
“... Ele virou para dirigir-se à multidão, porém, antes que
pudesse retomar a palavra, Jimmy Lee pôs-se a cantar.
Jimmy tinha uma voz de tenor límpida e as notas de um hino
famoso espalharam-se pelo vale afora:
Eis um homem pela angústia vergado
Marcado pela dor e pela derrota
Subindo aquele monte de pedras crivado
Com uma cruz em seus ombros posta
Robert ficou vermelho e gritou:
- Cale-se!
Jimmy o ignorou e iniciou a segunda
estrofe. Os outros se juntaram a ele, alguns entoando a letra, e uma centena de
vozes dando corpo à melodia:
Agora trespassado pela agonia
E aos olhos dos homens exibido
Mas amanhã ao raiar do dia
Novamente ele estará erguido
[...]
Não o olhem mais com ar compadecido
Vejam, nossa luta não foi em vão
Quando o lar celestial for por nós construído
Todos os homens livres serão!” pág. 93
A história
é dividida em três partes equivalente aos três países: Escócia, Inglaterra e
América e cada parte melhor do que a outra. Esse livro tem 398 páginas, mas tem
tanta história que dava tranquilo pra fazer um livro em cada país...masss é livro único.
Primeiro livro
do Ken Follett que leio e começo a me arrepender amargamente por não ter lido
nada dele antes... e olha que tenho mais quatro livros dele! Mas é um erro que corrigirei e logo!
A capa do Reino Unido! Bem parecida com a nossa! |
A capa holandesa também é linda... |
Uma escrita
que flui como um rio caudaloso: ora calmo, mas com um ritmo constante, ora de
uma velocidade de ficar tensooo. Maravilhoso!
Uma história
de esperança, determinação e otimismo!
Está
achando sua vida difícil? Vem ler esse livro...rs
Recomendadíssimo!!
Oi Sandra, li esse livro ano passado e, como você, também me arrependi de não ter lido nada do autor antes. E o pior é que até hoje eu não consegui ler mais nada dele.
ResponderExcluirMas praticamente todo dia me pego cantando: "Não olhem mais com ar compadecido vejam, nossa luta não foi em vão..."
Ele fica com a gente por muito tempo né?!
Adorei a resenha
Grande abraço pra ti!
Leitor Antissocial
Oi Rudi! A sensação é essa mesma...ficamos com o livro bastante tempo depois. Experimente As Espiãs do Dia D, do Ken Follett também. Tem resenha aqui no mundo. Você vai se surpreender com o ritmo do livro e mais uma vez ficar com a sensação "por que não li antes". Um abração e volte sempre!
Excluir