Série: O
Doador - Livro 01
Título original:
The Giver
Autor: Lois
Lowry
Tradutor: Maria
Luiza Newlands
Número de páginas:
192
Editora:
Arqueiro
ISBN: 9788580412994
Ano: 2014
Nota: 5/5
Sinopse:
Ganhadora de vários prêmios, Lois
Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade,
guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existe amor,
desejo ou alegria genuína. Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com
suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e
todas as lembranças do antigo mundo foram apagados de suas mentes. Uma única
pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de
proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária
para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos,
idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe
a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar
por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas
não faz idéia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho
Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora
roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás
daquela utopia começa a se revelar. Premiado com a Medalha John Newbery por sua
significativa contribuição à literatura juvenil, este livro tem a rara virtude
de contar uma história cheia de suspense, envolver os leitores no drama de seu
personagem central e provocar profundas reflexões em pessoas de todas as
idades.
Resenha:
Essa resenha
foi difícil de fazer. Demorou pra história se “assentar” na minha cabeça. Já li
várias distopias, gosto muito, mas essa mexeu comigo de uma forma que não consigo
expressar de maneira plena. São menos de 200 páginas, mas tive a sensação de
ter lido 500. Como disse, não consigo explicar de forma completa.
Imaginem uma
sociedade extremamente organizada em seus mínimos detalhes, desde a concepção
até a morte. Cada detalhe da sua vida toda já tem devidamente seu lugar certo. Mas
não há emoção, não há sentimento. Porque isso é a causa do caos. Foi isso que
causou o Declínio. Então nada de emoção.
“... – Nosso povo fez essa opção, a opção de ir para a
Mesmice. Antes do meu tempo, ante do tempo anterior ao meu, muito tempo atrás. Desistimos
das cores quando desistimos do sol e acabamos as diferenças. – Calou-se e ficou
pensando um instante. – Adquirimos controle sobre muitas coisas. Mas tivemos de
abrir mão de outras.” Pág. 99
Jonas é um
menino prestes a passar pela cerimonia de Doze, quando vai ser definida sua
função dentro de sua comunidade. Ele está ansioso. Não sabe o que esperar. O pai
dele é um Criador e sua mãe fazia parte da Lei e Justiça. Mas cada Atribuição é
feita de acordo com os hábitos e personalidade de cada criança, que são observadas
desde sempre, então Jonas ficava mais na dúvida ainda, pois não conseguia descobrir
nada que gostasse o bastante de fazer.
E então chega
os dias da Cerimônia. Para cada idade há uma cerimônia diferente, representando
o aprendizado e a independência de cada fase: dentre elas, com um ano há a
Nomeação, é quando a criança-nova recebe um nome e vai para um núcleo familiar.
Mas há outras...
“... A menina fez que sim com a cabeça e olhou para baixo,
para seu casaco com a fileira de botões grandes que a designavam uma Sete.
Quatros, Cincos e Seis usavam casacos que se fechavam atrás, para que
aprendessem a interdependência, ajudando-se, uns aos outros, a se vestir. O
casado abotoado na frente era o primeiro sinal de independência, o primeiro símbolo
realmente visível de crescimento. A bicicleta, aos Nove, seria o poderoso
emblema do direito de se movimentar gradualmente pela comunidade, longe da
unidade familiar protetora” Pág. 44
Interessante
né?
E então chega
o momento da Cerimônia de Doze e Jonas, por ser o 19, aguarda ansioso a
Atribuição... mas a Anciã-Chefe pula seu número. O que isso significa?
“... Curvou os ombros e tentou parecer menor em sua cadeira. Gostaria
de desaparecer, de sumir, de não existir. Não se atrevia a virar e procurar
seus pais no meio da multidão. Não suportaria ver os rostos deles sombrios de
vergonha. Jonas baixou a cabeça e vasculhou sua mente. O que fizera de errado?” pág. 62
Mas ele
fora escolhido e não indicado, para ser o Recebedor de Memórias, uma posição da
mais alta honraria dentro da comunidade. E Jonas não sabia nada sobre isso. Nada.
E teve medo.
“... Com a invocação, Jonas sabia, a comunidade o estava
aceitando, assim como seu novo papel, dando-lhe vida, da mesma forma como
tinham feito com a criança-nova Caleb. Seu coração se encheu de gratidão e
orgulho. Mas, ao mesmo tempo, também se encheu de medo. Não sabia o que
significava aquela escolha. Não sabia o que estava por vir.
Ou o que seria dele.” Pág.
68
E a partir
do seu treinamento, Jonas vai descobrindo um mundo novo por detrás da cortina
da Mesmice que foi instituído para eles. E se apaixona pelo que vê. E quer que
todos vejam. E é aí que começa o problema. A frustração. A revolta. A atitude.
Este livro
é tão bom, mas tão bom, que já quero relê-lo!
Repensar alguns
trechos. Imaginar algumas situações. O final é muito tenso... muito, muito
mesmo. E a pior parte é que ainda não tem a continuação em português....buááááááá
Mas fiquei sabendo por fonte confiabilíssima que a
continuação sai em novembro!!
O filme foi lançado semana passada e, pra variar, tem
algumas sérias adaptações livres, mas a essência tá lá, pelo pouco que vi. Quero
assistir pra resenhá-lo também e colocar aqui pra vocês!
Leiam! Recomendo muito!
Sandra meu anjo, tudo bom??? Menina, pense num livro que desejo muito ler e ter?! pois é, estou fascinada pela história, adorei ver que o livro vai me prender totalmente e já me vejo adorando os personagens.. Fiquei em choque esses dia quando descobri que era uma série..mas, estou feliz por ver que a continuação vai air.. Preciso muito ganhar esse livro de presente (FICA A DICA SUPER SUTIL...kkkkkkkkkk)..bjs e adorei ua resenha..parabéns...Sem contar as gifs incríveis..ri muito ao vê-las...
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