[Resenha de Tinta] O livro perdido das bruxas de Salem


Título Original: The physick book of Deliverance Dane
Autor: Katherine Howe
Tradução: Cristina Cupertino
Número de Páginas: 357
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788576793922
Ano: 2009
Nota: 4/5


Sinopse:

Connie Goodwin queria que 1991 fosse um ano exclusivamente dedicado aos estudos para sua dissertação de doutorado em Harvard. No entanto, por insistência de sua mãe, acaba indo para o interior do condado de Essex cuidar da reforma da casa da avó. Assim que se estabelece no antigo casarão, começa um mergulho no passado daquele lugar e fica especialmente interessada pela figura de Deliverance Dane, uma mulher reconhecida em sua época por curar doentes, receitando remédios e poções. É no condado de Essex que fica a famosa cidade Salem, palco dos julgamentos de 1692, quando mais de 150 pessoas foram presas e acusadas de bruxaria e mais de vinte condenadas à forca. Em certo momento, Connie tem certeza da existência de um 'livro perdido' que guardaria os segredos da misteriosa personagem.


Resenha:
            Para começarmos a conversa, eu sei, faz tempo que não venho aqui. Sorry. ^^
            Connie começa sua aventura quando precisa ir até a casa de sua avó – de quem pouco se lembra, pois sua mãe não se dava bem com ela, o que não é um privilégio, porque nossa mocinha também não se dá bem com a mãe – que está abandonada e acumulando dívidas. O que ela encontra? Está mais para um bosque do que para uma casa. Árvores, legumes estranhos, mandrágoras (sim, você deve lembrar delas com um certo bruxo... rsrs), em uma casa sem eletricidade e telefone.
            Remexendo nas estantes de sua avó, Connie encontra uma bíblia do século XVII – e como ela sabe de que época é? Ela faz doutorado e seus estudos são sobre história americana, o que vem bem a calhar, não? – e dentro da bíblia há uma chave (!) e dentro da chave há um papel (!!) com um nome: Deliverance Dane. Começa então a aventura de Connie para descobrir quem era essa mulher, e porque raios seu nome estava em uma chave, numa bíblia na casa de sua avó.
            Sou suspeita para falar desse livro, pois ele tem interlúdios que nos levam à Salem de 1692 (e posterior), e todos nós sabemos o que aconteceu lá, não é? Sou apaixonada por romances com teor histórico (meu atual amor é Bernard Cornwell), e Howe foi bastante cuidadosa com os relatos, locais, vestimentas e hábitos das pessoas daquela época. Há também a curiosidade de que ela é descendente de uma das mulheres que foi morta em Salem.
A leitura é rápida e fiquei o tempo todo desesperada para saber o que Connie descobriria a seguir. É daqueles que você sempre quer ler só mais uma página, e quando vê, são três da manhã.
O único ponto negativo para mim, foi o desenrolar da história muito rapidamente, na parte final. Poderia ter dado um toque a mais. De magia talvez?
Enquanto avançava na leitura – e não vou dizer mais, pois caso contrário terei que colocar um aviso de spoiler ali em cima... – me perguntava: “será que as mulheres de Salem não ERAM realmente bruxas? Será que para o povo daquela época, mulheres sábias, que curavam, não pareceriam realmente bruxas?”.
Só posso lembrar de um ditado que diz: “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”. Eu digo que não só acredito, como tenho certeza: bruxas existem. ;)

PS: Lembra das vassouras? É, você vai descobrir que não é exatamente daquele jeito...




2 comentários

  1. Adoro Bernard Cornwell e romances históricos, mas este ano me apaixonei mais ainda pelo Ken Follet que escreve romances históricos incríveis! E quero conhecer a Philippa Gregory que dizem que é muito boa também.
    Gostei da resenha, deu vontade de ler.
    Bjs, Nadia
    http://navirj.blogspot.com.br/

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  2. Olá Nadia! =)

    Vou anotar os autores que citou e incluir na minha lista de leitura!

    Muito obrigada pela visita!

    Beijos!

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Agradecemos pelo comentário!