[Desafio Literário 2012] O menino do Pijama Listrado


Título Original: The boy in the striped pyjamas: a fable
Autor: John Boyne          
Tradução: Augusto Pacheco Calil
Número de Páginas: 186
Editora: Companhia das letras
ISBN: 9788535911121
Ano: 2007
Nota: 9/10

Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

Resenha:
Eu não sei como escrever essa resenha. Deus! Eu realmente tenho que parar de ler esses livros, não tenho estomago para isso. Enfim, eu já li e tenho que fazer a resenha.
            Não é segredo para ninguém as atrocidades do Holocausto. John Boyne nos apresenta um campo de concentração pela visão de uma criança, filho do comandante. Ou seja, uma criança que não tem idéia de porque o Furia é tão importante, porque teve que se mudar de Berlim para uma casa no meio do nada. Nem porque as pessoas do outro lado da cerca, os judeus, são diferentes dele a ponto de não poderem se misturar. Não sou uma criança de 9 anos, mas acredito que o autor fez um bom trabalho. Pensamentos simples, sentimentos fortes, erro na pronuncia de certas palavras,  como o Fuhrer que ele fala Fúria. Em irlandês, fúria se fala Fury e são parecidas, mas em alemão isso não faz sentido. Confesso que isso me deixou confusa, mas tudo bem.
            Uma conversa entre Bruno e seu pai, o Comandante, surge a brilhante frase da criança: “[Você] Fez alguma coisa ruim no trabalho? Eu sei que todos dizem que você é um homem importante e que o Fúria tem em mente grandes coisas reservadas a você, mas não acho que ele o enviaria para um lugar como este se você não tivesse feito alguma coisa pela qual ele quisesse castigá-lo.”
            Quanto ao menino do pijama listrado, ele se chama Shmuel e também não sabe porque tanto ódio dos soldados por eles. Ele só sabe que também odeia todos eles! E não entende como um homem como o comandante tem um filho tão bom quanto Bruno.
            “Shmuel mordeu os lábios e não disse nada. Ele já vira o pai de Bruno em diversas ocasiões e não compreendia como era possível tal homem ter um filho tão amável e gentil.”
            Tudo que eu tenho a dizer é que esse é um livro de rápida leitura, mas mostra um campo de concentração. Não sei o que é pior, ler sobre os homens se matando no front ou matando as pessoas nos campos. Que os Deuses nos livrem de que tempos como aqueles voltem, e que possamos viver em paz. É claro que falo do futuro porque apesar do que o autor diz no fim do livro, nossa época não tem realmente paz.
“Claro que tudo isso aconteceu há muito tempo e nada parecido poderia acontecer de novo.
Não na nossa época.
FIM”

2 comentários

  1. Li já outros dois livros de John Boyne, que gostei, mas não amei. Vários amigos me disseram que "o garoto de pijama listrado" é o melhor.
    Só que, como você disse, tem que estar no espírito, porque é o retrato de um momento de uma tristeza enorme.

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  2. Eu fiquei imensamente impactada com a história,especialmente, é claro, com o final.

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