Título
Original: The boy
in the striped pyjamas: a fable
Autor: John Boyne
Tradução: Augusto Pacheco Calil
Número de Páginas: 186
Editora: Companhia das letras
ISBN: 9788535911121
Autor: John Boyne
Tradução: Augusto Pacheco Calil
Número de Páginas: 186
Editora: Companhia das letras
ISBN: 9788535911121
Ano: 2007
Nota: 9/10
Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o
Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu
país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família
está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a
abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região
desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela
do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de
pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças
Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu
no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos
poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O
Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra,
e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro
terrível e inimaginável.
Resenha:
Eu não sei como escrever essa resenha. Deus! Eu realmente
tenho que parar de ler esses livros, não tenho estomago para isso. Enfim, eu já
li e tenho que fazer a resenha.
Não é segredo para ninguém as atrocidades do Holocausto.
John Boyne nos apresenta um campo de concentração pela visão de uma criança, filho
do comandante. Ou seja, uma criança que não tem idéia de porque o Furia é tão
importante, porque teve que se mudar de Berlim para uma casa no meio do nada.
Nem porque as pessoas do outro lado da cerca, os judeus, são diferentes dele a
ponto de não poderem se misturar. Não sou uma criança de 9 anos, mas acredito
que o autor fez um bom trabalho. Pensamentos simples, sentimentos fortes, erro
na pronuncia de certas palavras, como o
Fuhrer que ele fala Fúria. Em irlandês, fúria se fala Fury e são parecidas, mas
em alemão isso não faz sentido. Confesso que isso me deixou confusa, mas tudo
bem.
Uma conversa entre Bruno e seu pai, o Comandante, surge a
brilhante frase da criança: “[Você] Fez alguma coisa ruim no trabalho? Eu sei que
todos dizem que você é um homem importante e que o Fúria tem em mente grandes
coisas reservadas a você, mas não acho que ele o enviaria para um lugar como
este se você não tivesse feito alguma coisa pela qual ele quisesse castigá-lo.”
Quanto ao menino do pijama listrado, ele se chama Shmuel
e também não sabe porque tanto ódio dos soldados por eles. Ele só sabe que
também odeia todos eles! E não entende como um homem como o comandante tem um
filho tão bom quanto Bruno.
“Shmuel mordeu os lábios e não disse nada. Ele já vira o
pai de Bruno em diversas ocasiões e não compreendia como era possível tal homem
ter um filho tão amável e gentil.”
Tudo que eu tenho a dizer é que esse é um livro de rápida
leitura, mas mostra um campo de concentração. Não sei o que é pior, ler sobre
os homens se matando no front ou matando as pessoas nos campos. Que os Deuses
nos livrem de que tempos como aqueles voltem, e que possamos viver em paz. É
claro que falo do futuro porque apesar do que o autor diz no fim do livro,
nossa época não tem realmente paz.
“Claro que tudo isso
aconteceu há muito tempo e nada parecido poderia acontecer de novo.
Não na nossa época.
FIM”
Li já outros dois livros de John Boyne, que gostei, mas não amei. Vários amigos me disseram que "o garoto de pijama listrado" é o melhor.
ResponderExcluirSó que, como você disse, tem que estar no espírito, porque é o retrato de um momento de uma tristeza enorme.
Eu fiquei imensamente impactada com a história,especialmente, é claro, com o final.
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