Resenha de Tinta: Neuromancer

Editora: Aleph
ISBN: 9788585887902
Ano: 2003
Páginas: 304
Nota: 4/5

Sinopse: Um hacker renegado, uma samurai das ruas, um fantasma de computador, um terrorista psíquico e um rastafari orbital num thriller sexy, violento e intrigante. De Tóquio a Istambul, das estações espaciais ao não-espaço da realidade virtual, o tenso jogo final da humanidade contra as Inteligências Artificiais...


E você se faz a pergunta depois de terminar o livro: William Gibson previu o futuro?





Olá amigos, 

Estou com a cabeça tão abalada e cansada após esse livro que espero poder passar toda a essência dele para vocês. Então vamos lá!
É conhecido que William Gibson é um dos famosos autores do gênero cyberpunk, gênero que tem como foco a alta tecnologia e baixo nível de vida. E é pra tanto já que ele ganhou três principais prêmios da ficção científica. Então já podemos ver a importância do cara, porque ter lançado um livro em 1984 com essa carga de inteligência que o livro carrega é incrível. 



Na história do livro temos Case, um ex hacker, que após tentar roubar seus próprios patrões ficou impossibilitado de exercer sua função. Com seu sistema neural danificado, ele não têm mais como se conectar à Matrix. Então, pelas ruas que abrangem decadência, miséria e riqueza em opostos que são controladas por um governo velho e mega corporações que ditam o rumo do mundo, Case se joga nas drogas com nenhuma esperança mais de sua existência. Até que Molly aparece. Uma sedutora, ela aparece com uma proposta para Case de consertar seu cérebro e dar à ele a sua antiga função de volta. Acessar a Matrix. Mas como nem tudo vem de graça, a proposta tem seu porém. Ele terá que trabalhar para Armitage, um chefe das Forças Armadas, que lhe dá a missão de hackear um dos computadores de grande porte existentes: Wintermute.


Acho que não caberia palavras para dizer para vocês o que é Neuromancer. Esse livro possui tantas descrições e significados complexos que em uma resenha não seria possível explicar. Na história o personagem de Case, não é nem de perto o mais cativante. Mas nem por isso se torna irrelevante, pois é através dele que sentimos o que se passa no momento. No futuro criado por Gibson, a tecnologia é algo dependente, grudado em nossas mentes que nos impossibilita de ser, sem ela. Algo que pode ser colocado hoje em dia em observação, já que a dependência de aparelhos eletrônicos e a internet não difere nem um pouco do livro. Então, Case passa por essa abstinência insuportável de não poder se conectar mais com a Matrix, e com ele o leitor sente toda esse período louco. 


Ao longo da história vários personagens são introduzidos e o passado de cada um é desenrolado em segredos obscuros. A personagem da Molly é a mais cativante. Com a sua descrição um tanto inusitada, ela tem pouco de sedução, suspense e carisma. E sua intenção no livro nos deixa com um pé atrás sem saber o que vem a seguir. 

Eu recomendo a leitura, mas com algumas recomendações. Você tem que estar com a mente bem tranquila e desligada de outra leitura. E leia com calma. Talvez quem tenha mais contato com ficção científica não fique tão confuso como eu fiquei. Mas é uma leitura que te cansa, pelos detalhes descritivos. Mas que é inegável que fiquei assustada com a semelhança de certos pontos em que pode ser associado com o nosso mundo hoje.
Ah, e tem resenha do segundo livro aqui. ;)



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