Título
original: Jane
Eyre
Autora: Charlotte Brontë
Tradução: Heloísa Seixas
Número de
Páginas: 527
Editora: BestBolso
ISBN: 9788577992010
Ano: 1847
Sinopse:
Jane Eyre é uma menina órfã que vive com sua tia, a sra. Reed, e seus
primos, que sempre a maltratam. Até que, cansada do convívio forçado com a
sobrinha de seu falecido esposo, a mulher envia Jane a um colégio para moças,
onde ela cresce e se torna professora. Com o tempo, cresce nela a vontade de
expandir seus horizontes. Ela põe um anúncio no jornal em busca de trabalho
como governanta. O anúncio é respondido pela senhora Fairfax, e Jane parte do
colégio para trabalhar em Thornfield Hall. Lá, ela conhece seu patrão, o sr.
Rochester, um homem brusco e sombrio, por quem se apaixona. Mas um grande
segredo do passado se interpõe entre eles.
Resenha:
Há
livros, os quais depois de lidos nos fazem pensar por alguns instantes e,
então, os guardamos em nossa ‘biblioteca mental’.
Há
livros que pensamos neles por alguns dias e, de vez em quando, lembramo-nos
deles, mas os nomes de alguns personagens já nos fogem à memória, ficando
somente um ou dois momentos da história.
E
há Jane Eyre. Ponto.
Como
pode uma história mexer tanto com suas mais íntimas percepções, com seus mais
sólidos princípios. Não sei. Mas acontece, às vezes, como se fosse um eclipse.
A
história da pequena e feia Jane Eyre é profundamente forte, sofrida e... feliz!
Como
assim?!
Devemos
começar, como sempre, pelo começo, mas sem contar muito, como sempre
também...
Uma pequena órfã,
criada por uma tia má e primos horríveis... Cinderela? Não... muito melhor...
Cinderela é medíocre perto da pequena Jane (não me xinguem! Amo a Gata
Borralheira!) e aos 10 anos já demonstrava seu caráter forte e, ao enfrentar a
bruxa malvada, libertando sua alma de todo o desprezo desmerecido
“... Mal
acabei de falar aquela frase e minha alma pareceu expandir-se, exultante, com o
mais estranho senso de libertação e triunfo que eu jamais experimentara. Era
como um laço invisível se rompesse, e eu tivesse aberto caminho para uma
liberdade muito esperada.” Pág. 50.
Então
Jane é mandada para um internato horrível e lá conhece a doce Helen Burns e a
escola se transforma e seu mundo também. Helen tinha um olhar todo especial e
um coração benevolente para com todos e acima de tudo, tinha fé; em Deus e nas
pessoas.
“... a
professora e as alunas podem te olhar com frieza por alguns dias, mas no fundo
alimentam simpatia por você. Além disso, Jane [...] mesmo que o mundo inteiro
detestasse você e a achasse má, se sua consciência a absolvesse de qualquer
culpa, você não estaria sozinha...” pág. 87.
Jane
Eyre passou boa parte de sua vida na escola e quando sai para o mundo, vai
trabalhar como preceptora na casa do Sr. Rochester e lá começa uma nova fase de
sua vida, uma que ela achava que não iria acontecer...entre surpresas,
devaneios e anseios sufocados, essa moça nos surpreende a cada página por sua
vivacidade, uma língua mordaz e uma mente inquieta...
Demorei
na leitura desse livro, não sei bem porque...gostei de, digamos, ‘saborear’
esse livro já que a autora, Charlotte Brönte, não escreveu mais nada. E diga-se
de passagem, ela dá várias cutucadas na diva Jane Austen...rs...você nota as
leves nuances de crítica, como a menina feia, o não ao casamento e o estar bem
com essa decisão, dentre outras coisinhas...
O
final é surpreendente e m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o...sabe aqueles que você termina e
suspira bem fundo e fecha os olhos e fica relembrando as centenas melhores
partes...nossa...adorei!!
Tem várias versões para o cinema, mas em 2011 lançaram mais uma e linda!!
Leiam! E depois assistam o filme! Recomendadíssimo!!
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