[Desafio Literário 2012] Budapeste


Autor: ChicoBuarque
Tradução: Necessária (ou use doses de ópio)
Número de Páginas: 174
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 8535904174
Ano:2003
Nota: 6/10

Sinopse: Ao concluir a autobiografia romanceada "O Ginógrafo", a pedido de um bizarro executivo alemão que fez carreira no Rio de Janeiro, José Costa, um ghost-writer de talento fora do comum, se vê diante de um impasse criativo e existencial. Escriba exímio, "gênio", nas palavras do sócio, que o explora na "agência cultural" que dividem em Copacabana, Costa, meio sem querer, de mera escrita sob encomenda passa a praticar "alta literatura". Também meio sem querer, vai parar em Budapeste, onde buscará a redenção no idioma húngaro, "segundo as más línguas, a única língua que o diabo respeita". Narrado em primeira pessoa, combinando alta densidade narrativa com um senso de humor muito particular, "Budapeste" é a história de um homem exaurido por seu próprio talento, que se vê emparedado entre duas cidades, duas mulheres, dois livros, duas línguas e uma série de outros pares simétricos que conferem ao texto o caráter de espelhamento que permeia todo o romance, e que levaram o professor José Miguel Wisnik a afirmar que se trata de "um romance do duplo". Tenso e à vontade, cultivado e coloquial, belo e grotesco, "Budapeste" traz a perfeição narrativa de "Estorvo" e "Benjamim" e confirma Chico Buarque como um dos grandes romancistas brasileiros da atualidade.

OBS: Eu não gostei do livro e acabei fazendo uma resenha cheia de Spoilers, mas como ele é muito ruim, acho que não atrapalha em nada a leitura. De qualquer forma fica o aviso: essa resenha contem alguns Spoilers.
Resenha:
                Um livro sem pé nem cabeça! Bem feito para mim, por preguiça de ler 'Gabriela, cravo e canela' resolvi mudar para Budapeste. Graças a Deus ele é curto porque se não eu seria obrigada a largar e agora não poderia falar mal dele rsrsrs. Falando sério, o livro é introspectivo, até aí nada demais, porém começou a me irritar! Comentando com meu namorado ele perguntou se eu tava sentindo falta de um vampiro, lobisomen ou algo do tipo. Pensei: ‘Será? Livros fantásticos estragaram minha capacidade de apreciar literatura de todos os gêneros? Impossível! Li A vida em tons de cinza não tem muito tempo!’ Insisti na leitura, não me aguentando fui para o Google com o seguinte pensamento: ‘Esse não pode ser o mesmo cara que escreve aquelas músicas. Como pode alguém que faz aquelas musicas escrever tamanha merda?! É realmente a mesma pessoa que escreveu Construção?’ Sabem o que eu encontrei? Chico, devolve o jabuti. Ignorem o texto mal escrito, mas pensem no que ele diz... Fui em busca do que nossa mídia disse sobre o assunto, achei esses links: Folha Uol e Veja, no segundo deles diz: ‘Os casos de Chico Buarque, no entanto, provocam mais polêmica porque, apesar dos prêmios já conquistados, o músico ainda não convence a todos como escritor.” Oba! Não sou só eu! Os livros dele são realmente uma merda! Infelizmente, terei que riscar Leite Derramado da lista do desafio (tenho mais o que fazer no momento para dar chance a autor que já considero ruim -.-') e catar na página do premio Jabuti outro titulo.
Vocês não vão ver a primeira, mas essa é a segunda tentativa de fazer essa resenha, o livro é tão fraco que não sei nem o que dizer.
Vou tentar ir na ordem apresentada no livro. Jose Costa já começa falando sobre Kriska e Budapeste, e como chegou à cidade. Como ao ouvir húngaro ele ficou incomodado por não conseguir entender onde começa uma palavra e acaba outra. Um dos hobbys dele é se apoderar de uma ou outra palavra local quando viaja para outros países. Acho que ele começou a surtar aí, digo isso porque ao voltar para o Rio de Janeiro ele já estava com preguiça de voltar ao seu trabalho de ghost-writer. Praticamente se arrastou até a agencia. Ele estava revoltado com seu sócio que cismava de enfeitar os corredores com os artigos escritos por Costa, mesmo que publicados em nome de outras pessoas. Por algum motivo (causado por excesso de cheiramento de gatinhos, só pode), Costa não queria que ninguém soubesse que ele escreveu aquelas coisas, ao contrario, ficava muitíssimo mais satisfeito quando as pessoas louvavam o suposto autor! O.o Dá para imaginar você feliz porque gostaram do seu texto e mais feliz ainda porque pensam que não é seu?!
Contribui para seus surtos, as reuniões dos autores anônimos. Ghost-writers do mundo se reúnem anualmente em algum país para afogar as magoas e mostrar seus textos. Mas tudo vai por água a baixo mesmo, depois que Álvaro contrata jovens para serem ghost-writers do Costa. Isso mesmo, os garotos escrevem exatamente como o Costa e vendem para outras pessoas que os publicam. Muito louco! Eles são ghost-writer de um ghost-writer. Fala sério, o Chico tava chapadão quando escreveu esse livro rsrsrs. Para premiar esse cenário cheio de ópio, o filho do Jose começa a emitir grunhidos e estalos, ele estava imitando o pai durante o sono. Então Costa percebeu que falava ou tentava falar, húngaro enquanto dormia. Para se afastar dessa zona toda ele vai para Budapeste aprender o idioma.
Veja bem a loucura: ele aceita pagar bebidas para uma jovem e um cara que ele encontrou no meio da rua! Fica bêbado (bêbado em um país que você nem fala a língua e ninguém te conhece, e você não vai parar numa vala? Esse livro é para ser levado a sério?), e ao voltar para o hotel o casal gentilmente se oferece para mostrar o caminho, só que eles vão para o quarto e advinha só! Eles começam a jogar roleta-russa! Puta que o pariu, só falando assim ... -.-‘
Enfim, o livro é só viagem. Sério. A tal Kriska, do inicio do livro, ele encontra numa livraria. Ela se oferece para ensiná-lo e entrega um cartão com seu endereço. Peraí, como assim?  Ela colocou um estranho estrangeiro dentro da casa dela! Esse livro é para ser levado a sério?
A esposa dele é jornalista e desmiolada, sim, porque ele diz na cara dela que ela é um papagaio, apenas repete no ar o que lhe mandam, mas não faz idéia sobre o que está falando. E ela não se defende! Apenas fica puta! Como uma mulher assim vira ancora do principal jornal da noite? O.o Esse livro é para ser levado a sério?
O livro é introspectivo, não possui travessão marcando diálogos. E o Costa vive viajando! Tem uma cena em que ele tem motivos para acreditar que está sendo corneado (depois de ficar meses em Budapeste o que ele queria também né?). Antes de ir atrás da verdade, ele pensa em umas 3 possibilidades para porque aconteceu, como aconteceu e o que ele vai fazer agora. E o mais legal? Eu sabia que ele não era corno -.-‘ Aquilo tudo era perda de tempo...
Outra coisa, ele só como sopa. A esposa toda noite, alta madrugada que é quando ele chega em casa, diz: ‘Zé, vou esquentar sua sopa’. TODA NOITE! 
Jura que tem alguém dizendo que esse cara é a nova literatura brasileira? Coitado do Machado e do Alencar, do Lima e da Clarisse, devem estar se remoendo...
Acho que ta bom, já convenci vocês a não perderem tempo com essa viagem de ópio ou que eu sou louca e o livro é ótimo. Boa sorte para quem for tirar a prova ;)

5 comentários

  1. Tem gente q diz mesmo q n apreciamos Literatura Brasileira mas se vc acompanha o blog sabe q aqui naum eh assim. Apreciamos bons livros, independente da nacionalidade. P vc ver, eu ADORO Andre Vianco. Ao olhar a tag Literatura Brasileira aqui do blog vc vera outros q lemos e gostamos.
    Só q o Chico fumou pó ao escrever Budapeste, soh pode! rsrsrs
    Anyway, bom saber q eu n sou louca e outras pessoas tb n gostaram :)
    Comente sempre q possivel p conhecermos melhor vc :)

    ResponderExcluir
  2. Nossa, o livro parece ser bem estranho mesmo. E sabe o que é pior? Sua resenha falando mal dele me deixou super curiosa e com uma imensa vontade de ler! xD

    ResponderExcluir
  3. Nó, li algumas resenhas negativas sobre a obra, mas não tão veemente como essa. Estou ficando com medo de me aventurar nas searas buarquianas...hehehe

    Bjs!

    ResponderExcluir
  4. Comecei gostando da identificação do livro: "Tradução: necessária (ou use doses de ópio)". Ri muito! E achei bacana a ideia dos ghost-writers e das línguas misturadas, mas realmente parece ter "viagem" demais na história. Não coloco no topo da minha lista de leitura, mas continuo curiosa.
    bjo

    ResponderExcluir
  5. Tô no coro do pessoal que ficou mais empolgado a ler o livro após a resenha kkkkkk' eu acho o chico excelente compositor, "Leite Derramado" e "Budapeste" estão na minha lista de desejos há meses, mas nunca tive a disciplina de ir atrás... Depois de uma resenha tão sincera (acho que nunca vi uma resenha de não gostei tão veemente quanto essa, adorei kkkkkkkk passa credibilidade às resenhas "gostei", dá pra ver que não é só elogio), acho que vou acabar pegando emprestado mesmo... Porque, pelo que me parece, é um livro que é (tenta ser) conceitual, metafórico, mas é aquela coisa "se o leitor não entende o que o escritor escreve, há algo de errado com algum dos dois"

    ResponderExcluir

Agradecemos pelo comentário!