[Off topic de Tinta] Blogagem Coletiva Profundo&Intenso


Hellouu pipous! Como estão? Espero que muito bem!
A querida Editora Arqueiro lançou esse mês os livros Intenso e Profundo da Robin York, que trata de um tema que está sendo bastante comentado nas redes sociais e em vários lugares também, inclusive no tribunal: vingança pornô
Vejam a sinopse:
Caroline Piasecki vê sua vida se transformar em um pesadelo quando o ex-namorado espalha fotos dela nua na internet. Desesperada, ela tenta fazer com que as imagens sumam da rede e, ao mesmo tempo, tem que se defender da multidão de pessoas que a julgam.
Um dia, quando um cara que ela mal conhece sai em sua defesa, tudo muda de repente.
E pensando em trazer à tona discussões saudáveis e alertas sobre o tema, a Arqueiro nos propôs uma blogagem coletiva, onde cada blog irá abordar à sua maneira, visão e experiência. 
Primeiro, vamos entender o que significa o termo. Bom, de acordo com o site JusBrasil, vingança pornô “...é uma forma de violência moral (com cunho sexual) que envolve a publicação na internet (principalmente nas redes sociais) e distribuição com o auxílio da tecnologia (especialmente com smartphones), sem consentimento, de fotos e/ou vídeos de conteúdo sexual explícito ou com nudez. As vítimas quase sempre são mulheres e os agressores, quase sempre são ex-amantes, ex-namorados, ex-maridos ou pessoas que, de qualquer forma, tiveram algum relacionamento afetivo com a vítima, ainda que por curto espaço de tempo.”
Após um episódio ocorrido com a atriz Carolina Dieckman em maio de 2011 quando teve copiadas de seu computador 36 fotos íntimas, foi criada uma lei mais específica para esse tipo de delito, a lei nº 12.737/2012, que prevê pena de até cinco anos.
Mas ultimamente com a onda dos ‘nudes’, as vinganças pornô estão se tornando moda e é algo que precisa ser execrado imediatamente de nossa sociedade. Agora, com a tecnologia a dois toques de distância, com os smartphones cada vez mais potentes e avançados se torna muito fácil fazer fotos e vídeos comprometedores e jogar na rede instantaneamente. E aí, já era. As pessoas compartilham a uma velocidade espantosa esse tipo de situação sem pensar nas vítimas, que normalmente são namoradas apaixonadas que confiam cegamente no carinha que está ao seu lado. Nem imaginam o que eles podem fazer com as benditas fotos ao final do relacionamento.
Algumas redes sociais criaram meios para dificultar a disseminação desse tipo de material. No ano passado, o Google anunciou que o termo seria removido dos resultados de busca. A medida não remove as imagens da web, mas pelo menos dificulta sua localização. Facebook e Twitter também criaram algumas ferramentas para tentar evitar o problema.
Pesquisando alguns casos, encontrei a história de Júlia Rebeca, uma adolescente que se suicidou em 2013, depois de ter um vídeo onde aparecia fazendo sexo com um rapaz, tornar-se viral. Ela tinha 17 anos. Bem aqui tem um artigo muito interessante sobre esse tema.
Apesar de as leis estarem se tornando mais específicas e mais rígidas sobre esse tipo de crime, ainda é necessário um maior empenho da justiça para que os casos realmente sejam julgados e condenados e sirvam de exemplo. Mas conhecemos a morosidade do sistema judicial em nosso país. Então o melhor a fazermos é nos resguardar.
Nos Estados Unidos o negócio é um pouquinho pior. As leis são brandas demais, pra não dizer nulas a esse respeito, tanto que teve um moço, Hunter Moore, que criou uma plataforma para a divulgação desse tipo de material, a Is Anyone Up?, dedicada especialmente a revenge porn. Ele foi preso em 2014 pelo FBI e a condenação saiu agora: dois anos e meio de prisão e três anos sem acesso à internet quando estiver fora da cadeia. Ele também foi condenado a pagar míseros US$ 145 (R$ 545) para cada uma das vítimas que foram expostas pela plataforma. Acreditam??! 
A Robin York nos mandou uma nota sobre o assunto.
Tenso...
Segundo o El Pais, em seu auge, o Is Anyone Up? chegou a ter 30 milhões de visitas por mês e rendeu US$ 10 mil mensais em publicidade. Você lê mais sobre assunto bem aqui.
No meio literário há os livros já mencionados e há um livro de autor nacional: Cybervendetta, do capixaba Maxwell dos Santos, que fala acerca da privacidade na internet e aborda os efeitos devastadores da vingança pornô na vida das mulheres. O livro está à venda no site da Amazon.

 Também tem um livro chamado Revenge Porn, Nathalie Koah, onde a autora fala de seu romance com o jogador de futebol Eto’o. Na obra, a autora – que alega ter se relacionado com Eto’o entre 2007 e 2014, embora ele seja casado com outra mulher desde 2007 – dá detalhes sobre a vida sexual dos dois. O jogador de futebol conseguiu a proibição da publicação da obra.

No cinema, temos o mais novo filme de J Lopez, O garoto da Casa ao Lado, onde retrata todo o inferno que uma vítima de revenge porn sofre. A Dani, nossa Menina dos filmes e séries, conta um pouco mais da história do filme:
Jennifer Lopez vive a professora Claire Peterson nessa trama, onde vive sozinha com seu filho adolescente. Recém divorciada e se sentindo sozinha a maior parte do tempo, ela encontra o sedutor Noah, um garoto que se muda para casa ao lado.  Noah rapidamente oferece ajuda nas tarefas de casa e se torna amigo do filho de Claire. Seduzindo a moça, Noah consegue leva-la para cama. No dia seguinte, Claire sente-se culpada pelo que fez e fala para Noah que foi um erro eles terem feito aquilo. Mas o garoto não gosta muito do que ouve, e começa a partir daí uma obsessão que pode acabar com a vida de Claire. Nesse filme podemos ver a violação de privacidade praticada por Noah, que persegue a professora e ameaça com vídeos e fotos do ato sexual que os dois tiveram. E até o local de trabalho de Claire não está seguro, Noah faz de tudo para que ela repense sobre suas ações.  Fica a dica do filme para sabermos melhor o sentido da palavra Revenge Porn, que está cada vez mais sendo utilizada nas vidas das pessoas, ainda mais com a evolução dos celulares que ajudam na exposição rápida de vídeos e fotos.

Falando muito sinceramente agora, confesso que fiquei abalada com a quantidade de casos que encontrei ao pesquisar mais a fundo sobre o tema. É assustador o quanto nossas meninas (sim meninas, porque algumas têm 13 anos!) estão sofrendo com toda essa divulgação doentia. Enquanto os homens estão achando que fazer uma coisa absurda dessas é legal e que eles não vão sofrer nada com isso, que vão ser chamados de f&$%# e tudo mais. Precisamos fazer algo para mudar essa realidade. E precisamos fazer agora. Ontem.
Bom, espero que tenham gostado do post e que também se tornem mais atentos se também, como eu, não tinha noção do tamanho do problema. Conhece algum caso de revenge porn? Dê-nos sua opinião!


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