[Resenha de Tinta] A Árvore da Vida


Série: Os Mistérios de Osíris #volume 1
Título Original:  The tree of life
Autor: Christian Jacq
Tradução: Maria Alice A. de Sampaio Doria
Número de páginas: 504
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528614633
Ano: 2011

Sinopse: Após dois thrillers de sucesso, Tutancâmon e O Faraó Negro, Christian Jacq volta com mais uma série histórica: Os Mistérios de Osíris. No primeiro volume, A Árvore da Vida, apresenta a história da acácia do templo de Ábidos, que brotou na tumba de Osíris para anunciar o renascimento do deus. Só que ela está morrendo. Agora, o grande Faraó Sesóstris III inicia uma luta contra o inimigo invisível que, se conseguir matar a árvore, destruirá todo o Antigo Egito. O monarca, porém, desconhece a existência de um traidor entre os membros da corte. Um homem que sonha com poder e honrarias e que se vendeu às forças ocultas. Enquanto isso, o aprendiz de escriba Iker é sequestrado por marinheiros. Sem saber quem deseja a sua morte, muito menos quem o protege, o rapaz, obcecado por uma sublime e jovem sacerdotisa, sai em busca da verdade, descobrindo um caminho cujo final desconhece.

Resenha:

A Árvore da Vida é o primeiro livro da série Os Mistérios de Osíris. Namoro esse livro faz tanto tempo... Imaginem minha surpresa quando o ganhei da Agatha! 
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O livro se passa no Egito antigo, e aí já ganhou pontos comigo. Acho histórias inseridas no tempo muito cativantes, e sempre nos trazem muito conhecimento sobre eras passadas (acho que isso é sintoma da minha Historiadora interior nunca liberta).
O livro tem uma “divisão”, na verdade vemos o desenrolar dos acontecimentos numa mesma linha do tempo, mas para três personagens diferentes, que desempenham papéis já importantes, e um quarto que até agora teve papel secundário, mas que possivelmente será digno de nota no decorrer da série.
O jovem aprendiz de escriba Iker é o personagem principal desta história. Órfão, foi adotado pelo escriba da cidade, e viveu tranquilo até ser sequestrado por marinheiros sem saber o motivo. A partir daí a vida do menino vira um tormento, e ele é preso tantas vezes que fiquei até triste. Rsrs. Sério, era de pensar “ah, tá de brincadeira, outra vez? Deve ter um X na testa do garoto”. Apesar disso, vemos que ele é um favorito dos deuses, o que o ajuda em algumas situações (mas não o impede de ir para o xilindró). Ah, ainda temos um amor platônico para completar a seção de desventuras. Dentro de tudo isso, vemos que Iker tem aquele caráter que sempre queremos nos heróis: trabalhador, honesto, destemido e determinado.
Vemos também a luta do faraó Sesótris III para manter viva a acácia de Osíris, árvore que representa o deus e dá o fluxo de vida do Egito. O faraó precisa unificar as províncias do Egito (que possuem administradores que ditam as regras, e veem o Faraó apenas como símbolo) e ao mesmo tempo, descobrir quem poderia ser o causador do mal infligido à sua terra.
Num terceiro ponto, temos o vilão. Ah, eu adoro quando o vilão já aparece de cara, e eu sei que ele está lá, e o que ele faz, mas os outros personagens não. Dá vontade de entrar no livro para avisá-los! Rsrsr... O Anunciador, como se auto intitula nosso vilão é daqueles bem do mal mesmo. Tem poderes ocultos e quer que o mundo acredite que ele é o único porta voz de deus, e que todos devem seguir suas palavras (religião a parte, não sei porque, mas senti que isso era uma indireta do autor).
Nosso quarto rosto é um funcionário corrupto do Faraó, que serve para apimentar a leitura.
Os caminhos de nossos personagens se cruzam e se completam. Muitas vezes Iker está próximo do Faraó, ou do Anunciador. Por estas muitas linhas ainda não estarem completamente unidas, a história corre fácil e serve mesmo como uma introdução à realidade mostrada pelo autor. Os próximos livros, creio eu, deverão unificar essa massa de informações para todos os lados.
Christian Jacq escreve muito bem, gostei da forma e da distribuição da história, mas, de verdade, a quantidade de vezes que Iker foi preso me irritou. Acho que poderiam ser encontrados outros percalços para nosso amigo (e só por isso não ganhou nota 5).
No mais, ansiosa para ler a continuação.




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