[Resenha de Tinta] Lugar Nenhum

Título Original: Neverwhere
Autor: Neil Gaiman
Tradutor: Juliana Lemos
Número de páginas: 334
Editora: Conrad
Ano: 2012
ISBN: 9788576164920

Nota: 10/10
 
Sinopse: Em 'Lugar Nenhum' Neil Gaiman conta a história de Richard Mayhew, um jovem escocês que vive uma vida normal em Londres. Tem um bom emprego e vai se casar com a mulher ideal. Uma noite, porém, ele encontra na rua uma misteriosa garota ferida e decide socorrê-la. Depois disso, parecer ter se tornado invisível para todas as outras pessoas. As poucas que notam sua presença não conseguem lembrar exatamente quem ele é. Sem emprego, noiva ou apartamento, é como se Richard não existisse mais. Pelo menos não nessa Londres. Sim, porque existe uma outra - a Londres-de-Baixo. Constituída de uma espécie de labirinto subterrâneo, entre canais de esgoto e estações de metrô abandonadas, essa outra Londres é povoada por monstros, monges, assassinos, nobres, párias e decaídos - e é para lá que Richard vai.

Resenha:

Quando você lê Neil Gaiman sente que: a) O autor fuma pó; ou b) Você está usando alucinógenos e não apenas lendo um livro;  Mas esse é apenas um dos encantos desse autor. 
'Talvez eu ainda esteja um pouco de ressaca. Quase vi sentido no que você falou - suspirou Richard."
 Em Lugar Nenhum, você não encontrará respostas. Tá bom, algumas talvez. Em geral é tudo muito louco, mas não tão confuso. Se você puder aceitar que a lógica não tem lógica e que a personagem principal se chama Door, e pode abrir qualquer tipo de coisa. Que ela está sendo perseguida por 2 assassinos lunáticos e virtualmente imortais. Se você aceitar tudo isso, então você vai se divertir. Claro que Richard não achou divertido não existir depois de ajudar Door. Ele não sabia que ao se misturar com o Mundo de Baixo (ou Submundo) você deixa de existir no Mundo de Cima. Até porque, ele sequer sabia que existia um Mundo de Baixo!
Eu adoro a forma como Gaiman leva a história. Richard é nosso elemento de ligação. Quando explicam as coisas para ele, sentimos como se estivessem explicando também para nós.
Oh! Não posso deixar de mencionar o Marques de Carabas. Personagem estranho. Todos sabem que não se pode confiar nele, mas as vezes é necessário usar seus serviços. E o pagamento é sempre em forma de favores. Isso me lembra o Grimalkin da série Os Encantados de Ferro. Adoro esses personagens porque são sempre muito complexos e não tem posição definida. Não são 'mocinhos' mas tabém não são 'bandidos'. Apenas são. É claro que isso só funciona quando o autor tem talento.
Enfim, não posso dizer que passei bons momentos na Londres de Baixo, seria o mesmo que dizer que me diverti na Arena de Jogos Vorazes rsrsrs Digo apenas que adorei ler o livro ;P

Esse livro foi cortesia do Grupo Livro Viajante, do Skoob.


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