Autor: ChicoBuarque
Tradução: Necessária (ou use doses de ópio)
Número de Páginas: 174
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 8535904174
Tradução: Necessária (ou use doses de ópio)
Número de Páginas: 174
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 8535904174
Ano:2003
Nota: 6/10
Sinopse: Ao concluir a autobiografia romanceada "O
Ginógrafo", a pedido de um bizarro executivo alemão que fez carreira no
Rio de Janeiro, José Costa, um ghost-writer de talento fora do comum, se vê
diante de um impasse criativo e existencial. Escriba exímio, "gênio",
nas palavras do sócio, que o explora na "agência cultural" que
dividem em Copacabana, Costa, meio sem querer, de mera escrita sob encomenda
passa a praticar "alta literatura". Também meio sem querer, vai parar
em Budapeste, onde buscará a redenção no idioma húngaro, "segundo as más
línguas, a única língua que o diabo respeita". Narrado em primeira pessoa,
combinando alta densidade narrativa com um senso de humor muito particular,
"Budapeste" é a história de um homem exaurido por seu próprio
talento, que se vê emparedado entre duas cidades, duas mulheres, dois livros,
duas línguas e uma série de outros pares simétricos que conferem ao texto o
caráter de espelhamento que permeia todo o romance, e que levaram o professor
José Miguel Wisnik a afirmar que se trata de "um romance do duplo".
Tenso e à vontade, cultivado e coloquial, belo e grotesco,
"Budapeste" traz a perfeição narrativa de "Estorvo" e
"Benjamim" e confirma Chico Buarque como um dos grandes romancistas brasileiros
da atualidade.
OBS: Eu não gostei do livro e acabei fazendo uma resenha cheia de Spoilers, mas como ele é muito ruim, acho que não atrapalha em nada a leitura. De qualquer forma fica o aviso: essa resenha contem
Resenha:
Um livro sem pé nem cabeça! Bem feito para mim, por
preguiça de ler 'Gabriela, cravo e canela' resolvi mudar para Budapeste. Graças a
Deus ele é curto porque se não eu seria obrigada a largar e agora não poderia
falar mal dele rsrsrs. Falando sério, o livro é introspectivo, até aí nada
demais, porém começou a me irritar! Comentando com meu namorado ele perguntou
se eu tava sentindo falta de um vampiro, lobisomen ou algo do tipo. Pensei: ‘Será?
Livros fantásticos estragaram minha capacidade de apreciar literatura de todos
os gêneros? Impossível! Li A vida em tons de cinza não tem muito tempo!’ Insisti
na leitura, não me aguentando fui para o Google com o seguinte pensamento: ‘Esse
não pode ser o mesmo cara que escreve aquelas músicas. Como pode alguém que faz
aquelas musicas escrever tamanha merda?! É realmente a mesma pessoa que escreveu Construção?’ Sabem o que eu encontrei? Chico, devolve o jabuti. Ignorem o texto mal escrito, mas pensem no que ele diz... Fui
em busca do que nossa mídia disse sobre o assunto, achei esses links: Folha Uol e Veja, no segundo deles diz: ‘Os casos de Chico
Buarque, no entanto, provocam mais polêmica porque, apesar dos prêmios já
conquistados, o músico ainda não convence a todos como escritor.” Oba! Não sou
só eu! Os livros dele são realmente uma merda! Infelizmente, terei que riscar
Leite Derramado da lista do desafio (tenho mais o que fazer no momento para dar
chance a autor que já considero ruim -.-') e catar na página do premio Jabuti
outro titulo.
Vocês não vão ver a primeira, mas essa é a segunda
tentativa de fazer essa resenha, o livro é tão fraco que não sei nem o que
dizer.
Vou tentar ir na ordem apresentada no livro. Jose
Costa já começa falando sobre Kriska e Budapeste, e como chegou à cidade. Como ao
ouvir húngaro ele ficou incomodado por não conseguir entender onde começa uma
palavra e acaba outra. Um dos hobbys dele é se apoderar de uma ou outra palavra
local quando viaja para outros países. Acho que ele começou a surtar aí, digo
isso porque ao voltar para o Rio de Janeiro ele já estava com preguiça de
voltar ao seu trabalho de ghost-writer. Praticamente se arrastou até a agencia.
Ele estava revoltado com seu sócio que cismava de enfeitar os corredores com os
artigos escritos por Costa, mesmo que publicados em nome de outras pessoas. Por
algum motivo (causado por excesso de cheiramento de gatinhos, só pode), Costa
não queria que ninguém soubesse que ele escreveu aquelas coisas, ao contrario,
ficava muitíssimo mais satisfeito quando as pessoas louvavam o suposto autor! O.o
Dá para imaginar você feliz porque gostaram do seu texto e mais feliz ainda
porque pensam que não é seu?!
Contribui para seus surtos, as reuniões dos autores
anônimos. Ghost-writers do mundo se reúnem anualmente em algum país para afogar
as magoas e mostrar seus textos. Mas tudo vai por água a baixo mesmo, depois
que Álvaro contrata jovens para serem ghost-writers do Costa. Isso mesmo, os
garotos escrevem exatamente como o Costa e vendem para outras pessoas que os
publicam. Muito louco! Eles são ghost-writer de um ghost-writer. Fala sério, o
Chico tava chapadão quando escreveu esse livro rsrsrs. Para premiar esse cenário
cheio de ópio, o filho do Jose começa a emitir grunhidos e estalos, ele estava
imitando o pai durante o sono. Então Costa percebeu que falava ou tentava falar,
húngaro enquanto dormia. Para se afastar dessa zona toda ele vai para Budapeste
aprender o idioma.
Veja bem a loucura: ele aceita pagar bebidas para
uma jovem e um cara que ele encontrou no meio da rua! Fica bêbado (bêbado em um
país que você nem fala a língua e ninguém te conhece, e você não vai parar numa
vala? Esse livro é para ser levado a sério?), e ao voltar para o hotel o casal
gentilmente se oferece para mostrar o caminho, só que eles vão para o quarto e advinha
só! Eles começam a jogar roleta-russa! Puta que o pariu, só falando assim ...
-.-‘
Enfim, o livro é só viagem. Sério. A tal Kriska, do
inicio do livro, ele encontra numa livraria. Ela se oferece para ensiná-lo e
entrega um cartão com seu endereço. Peraí, como assim? Ela colocou um estranho estrangeiro dentro da
casa dela! Esse livro é para ser
levado a sério?
A esposa dele é jornalista e desmiolada, sim,
porque ele diz na cara dela que ela é um papagaio, apenas repete no ar o que
lhe mandam, mas não faz idéia sobre o que está falando. E ela não se defende!
Apenas fica puta! Como uma mulher assim vira ancora do principal jornal da
noite? O.o Esse livro é para ser levado a sério?
O livro é introspectivo, não possui travessão
marcando diálogos. E o Costa vive viajando! Tem uma cena em que ele tem motivos
para acreditar que está sendo corneado (depois de ficar meses em Budapeste o
que ele queria também né?). Antes de ir atrás da verdade, ele pensa em umas 3
possibilidades para porque aconteceu, como aconteceu e o que ele vai fazer
agora. E o mais legal? Eu sabia que ele não era corno -.-‘ Aquilo tudo era
perda de tempo...
Outra coisa, ele só como sopa. A esposa toda noite,
alta madrugada que é quando ele chega em casa, diz: ‘Zé, vou esquentar sua sopa’.
TODA NOITE!
Jura que tem alguém dizendo que esse cara é a nova literatura brasileira? Coitado do Machado e do Alencar, do Lima e da Clarisse, devem estar se remoendo...
Acho que ta bom, já convenci vocês a não perderem
tempo com essa viagem de ópio ou que eu sou louca e o livro é ótimo. Boa sorte
para quem for tirar a prova ;)
Tem gente q diz mesmo q n apreciamos Literatura Brasileira mas se vc acompanha o blog sabe q aqui naum eh assim. Apreciamos bons livros, independente da nacionalidade. P vc ver, eu ADORO Andre Vianco. Ao olhar a tag Literatura Brasileira aqui do blog vc vera outros q lemos e gostamos.
ResponderExcluirSó q o Chico fumou pó ao escrever Budapeste, soh pode! rsrsrs
Anyway, bom saber q eu n sou louca e outras pessoas tb n gostaram :)
Comente sempre q possivel p conhecermos melhor vc :)
Nossa, o livro parece ser bem estranho mesmo. E sabe o que é pior? Sua resenha falando mal dele me deixou super curiosa e com uma imensa vontade de ler! xD
ResponderExcluirNó, li algumas resenhas negativas sobre a obra, mas não tão veemente como essa. Estou ficando com medo de me aventurar nas searas buarquianas...hehehe
ResponderExcluirBjs!
Comecei gostando da identificação do livro: "Tradução: necessária (ou use doses de ópio)". Ri muito! E achei bacana a ideia dos ghost-writers e das línguas misturadas, mas realmente parece ter "viagem" demais na história. Não coloco no topo da minha lista de leitura, mas continuo curiosa.
ResponderExcluirbjo
Tô no coro do pessoal que ficou mais empolgado a ler o livro após a resenha kkkkkk' eu acho o chico excelente compositor, "Leite Derramado" e "Budapeste" estão na minha lista de desejos há meses, mas nunca tive a disciplina de ir atrás... Depois de uma resenha tão sincera (acho que nunca vi uma resenha de não gostei tão veemente quanto essa, adorei kkkkkkkk passa credibilidade às resenhas "gostei", dá pra ver que não é só elogio), acho que vou acabar pegando emprestado mesmo... Porque, pelo que me parece, é um livro que é (tenta ser) conceitual, metafórico, mas é aquela coisa "se o leitor não entende o que o escritor escreve, há algo de errado com algum dos dois"
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